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terça-feira, 18 de março de 2025
Caso Emilly Azevedo

Entenda o caso: Mulher é presa por assassinato de adolescente grávida e roubo de bebê em Cuiabá

Emilly foi brutalmente assassinada por Nataly, que realizou cortes em seu abdômen para retirar o bebê enquanto a jovem ainda estava viva

Postado em 17 de março de 2025 por Micael Silva
Entenda o caso: Mulher é presa por assassinato de adolescente grávida e roubo de bebê em Cuiabá Foto: Divulgação
Entenda o caso: Mulher é presa por assassinato de adolescente grávida e roubo de bebê em Cuiabá Foto: Divulgação

Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, foi presa após confessar o assassinato de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, e o roubo de seu bebê, em um crime brutal ocorrido na quarta-feira (12), em Cuiabá. A jovem, que estava no nono mês de gestação, foi assassinada para que seu bebê fosse retirado e levado pela criminosa.

O crime planejado

De acordo com as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Nataly procurava gestantes nas redes sociais, oferecendo-se para “adotar” os bebês. No entanto, seu verdadeiro plano era sequestrar recém-nascidos. Em áudios enviados a outras gestantes, ela se ofereceu para adotar crianças e alegou falsamente estar grávida. Em uma das mensagens, indicou que o bebê seria para uma amiga que não podia ter filhos e queria adotar, tentando atrair mulheres grávidas para seu esquema.

O desaparecimento de Emilly

Emilly, que morava em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, estava desaparecida desde a tarde de terça-feira (12). Ela havia saído de casa para buscar doações de roupas na residência de Nataly, com quem havia feito contato pela internet. Na manhã do dia seguinte, Emilly foi brutalmente assassinada por Nataly, que realizou cortes em seu abdômen para retirar o bebê enquanto a jovem ainda estava viva.

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A descoberta do crime

Após cometer o assassinato, Nataly tentou encobrir o crime ao procurar o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, na quinta-feira (13), alegando ter dado à luz recentemente. Ela chegou ao hospital acompanhada por um homem e uma mulher, levando o bebê roubado de Emilly. No entanto, a equipe médica desconfiou de seu comportamento, pois ela tentava simular um pós-parto. Os médicos acionaram a polícia e, após exames, foi constatado que Nataly não havia estado grávida, o que levantou suspeitas. A mulher foi presa, e a mãe de Emilly, Ana Paula Meridiane, reconheceu o bebê como sendo de sua filha.

A confissão

Em depoimento à Polícia Civil, Nataly confessou o crime e revelou que planejou o assassinato sozinha. Ela detalhou que desmaiou Emilly com um golpe de mata-leão, amarrou suas mãos com fios de internet e, em seguida, realizou os cortes no abdômen da jovem. A vítima ainda tentou se defender, mas não resistiu à perda de sangue. Nataly também admitiu ter cavado a cova onde o corpo de Emilly foi encontrado um dia antes do crime, evidenciando que o assassinato foi meticulosamente planejado.

O processo legal

Na sexta-feira (14), Nataly passou por audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Ela responderá por homicídio triplamente qualificado, devido ao motivo torpe, ao meio cruel e ao recurso que dificultou a defesa da vítima. O marido de Nataly e outros dois homens foram detidos inicialmente, mas acabaram liberados após prestarem depoimento.

O estado do bebê e os desdobramentos

O bebê de Emilly, uma menina, foi resgatado com vida e está sob os cuidados da família da vítima. A criança recebe acompanhamento médico e, segundo Ana Paula Meridiane, mãe de Emilly, seu estado de saúde é estável.

A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e apurar se há outros envolvidos. O crime gerou grande repercussão e reacendeu debates sobre a segurança das gestantes e o uso das redes sociais para fins criminosos.

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