Suspeito no caso Vitória nega confissão e contradiz polícia
Maicol dos Santos desmente autoridades e afirma inocência no assassinato de jovem em Cajamar

O caso do assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ganhou novos desdobramentos após o principal suspeito, Maicol Antonio Sales dos Santos, negar veementemente ter confessado o crime, contrariando informações divulgadas pela polícia. Maicol, que está detido desde 8 de março, é apontado como o principal suspeito do homicídio que chocou a cidade de Cajamar, na Grande São Paulo.
Vitória desapareceu em 26 de fevereiro de 2025, após sair do trabalho em um shopping local. Ela foi vista pela última vez em um ponto de ônibus, de onde enviou mensagens a uma amiga relatando estar sendo seguida por dois homens. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, apresentando sinais de violência extrema, incluindo cabelo raspado e ferimentos graves.
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Durante as investigações, Maicol foi identificado como proprietário de um Toyota Corolla prata, veículo visto nas proximidades do local do desaparecimento de Vitória. Análises periciais em seu celular revelaram fotos da vítima e de outras mulheres com características semelhantes, além de imagens de armas brancas e de fogo. Esses elementos levantaram suspeitas sobre uma possível obsessão de Maicol por Vitória.
Recentemente, surgiram rumores de que Maicol teria confessado o crime. No entanto, o delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano, negou essas informações, afirmando que não houve confissão formal por parte do suspeito. Galiano destacou que Maicol solicitou a presença de sua mãe para conversar com as autoridades, mas até o momento não assinou nenhuma confissão.
O advogado de Maicol reforçou a posição de seu cliente, afirmando que ele “nunca” confessará o crime e que a defesa ainda não teve acesso completo aos autos do processo. A mãe de Maicol compareceu à delegacia após dez dias sem contato com o filho, atendendo ao pedido dele por roupas limpas.
Enquanto isso, a polícia continua a investigação, buscando esclarecer todos os detalhes do caso. A análise de evidências, como manchas de sangue encontradas no veículo e na residência de Maicol, está em andamento para determinar sua conexão com o crime. Além disso, depoimentos de testemunhas e possíveis novas provas estão sendo coletados para elucidar o assassinato de Vitória.
O caso segue em aberto, com as autoridades trabalhando para reunir todas as informações necessárias para a conclusão do inquérito e possível encaminhamento à Justiça.