Doenças degenerativas da coluna disparam no Brasil — e podem surgir já na juventude
Neurocirurgião alerta: desgaste precoce da coluna é silencioso e exige atenção desde cedo
Quando falamos em dores na coluna, muita gente imagina um problema da terceira idade. Mas o alerta é: doenças degenerativas da coluna podem começar a dar sinais já na juventude. Segundo o neurocirurgião especialista em coluna Túlio Rocha, o envelhecimento natural, associado a maus hábitos, transforma a coluna em alvo de lesões cada vez mais cedo.
O problema é maior do que parece: a dor na coluna é a segunda maior causa de consultas médicas no Brasil. Entre as principais doenças estão a hérnia de disco, a artrose, a estenose espinhal e a osteofitose, conhecida como “bico de papagaio”. Em comum, todas têm potencial para afetar mobilidade, força muscular e até funções como a coordenação motora e a sensibilidade.
Segundo o especialista, além do fator biológico, a genética, a má postura, o sedentarismo, a obesidade e até o estresse são inimigos silenciosos da coluna. A partir dos 50 anos, cerca de 80% a 90% das pessoas já apresentam alterações na coluna vertebral detectáveis em exames de imagem.
O tratamento vai muito além de medicamentos. Túlio Rocha explica que medidas como fisioterapia, fortalecimento muscular, controle do peso e mudanças no estilo de vida são essenciais para retardar a progressão dos danos. E, nos casos mais graves, pode ser necessária cirurgia para restaurar a qualidade de vida.
A recomendação é: cuidar da coluna é tarefa para toda a vida. Atividades de baixo impacto, como pilates, yoga e natação, são grandes aliadas na prevenção e no tratamento. “A coluna é o pilar do corpo. Negligenciá-la é apostar em limitações que podem surgir cada vez mais cedo”, conclui o médico.