Acidentes de trabalho: por que ainda acontecem e como as empresas podem virar o jogo
Especialista alerta que segurança não é só regra — é cultura que deve ser construída todos os dias

Em pleno Abril Verde, o mês dedicado à saúde e segurança no trabalho, os números chocam: o Brasil registrou 571,8 mil acidentes de trabalho em 2022. A pergunta que fica é: se sabemos o que fazer, por que ainda acontece tanto? Segundo Renato dos Anjos, especialista do Laboratório Teuto, a resposta vai além do erro humano — passa pela cultura organizacional e pelo compromisso real com a prevenção.
De acordo com Renato, quedas, torções e lesões por esforço repetitivo lideram as estatísticas, mas poderiam ser drasticamente reduzidas com medidas simples: sinalização adequada, treinamentos constantes e diálogo aberto entre líderes e equipes. “Acidentes nascem de uma combinação de fatores humanos, organizacionais e ambientais”, alerta.
A responsabilidade não é só do empregador, nem apenas do trabalhador. É uma construção conjunta. Empresas precisam garantir condições ideais e equipamentos de proteção, enquanto colaboradores devem usar os EPIs corretamente e reportar riscos antes que eles se transformem em tragédias.
Para tornar o ambiente mais seguro, Renato sugere três ações urgentes: avaliação ergonômica das estações de trabalho, criação de canais anônimos para denúncias de situações perigosas e apoio psicológico contínuo para reduzir o estresse laboral.
No fim das contas, segurança não é apenas norma — é respeito à vida e compromisso com o futuro de todos que constroem uma empresa.