Contingências podem fazer Caiado nem alcançar os dois dígitos
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), enfrenta contingências que podem fazê-lo nem alcançar os dois dígitos, quem dirá chegar à presidência da República.
Pode-se considerar que o estereótipo de “coronel” não ajuda muito. Apesar de fomentar, em suas redes sociais, a ideia de um candidato próximo do povo, não consegue se desvencilhar de uma personalidade ‘forte’ e de caráter ‘aristocrático’.
O segundo desafio é a dependência dos candidatos da direita na ‘benção’ do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Até o momento, ex-mandatário não determinou quem será o seu sucessor. Mesmo estando inelegível até 2030 e com a possibilidade de ser preso, ainda se mantém como um pré-candidato.
Leia mais: As circunstâncias históricas podem tornar Caiado presidente da República
O terceiro, diz respeito a baixa projeção nacional do gestor de estadual, que enfrenta o desafio de ter que romper com o regionalismo. Apesar de ser bem avaliado em Goiás, pesquisas apontam que Caiado não é conhecido no restante do país.
O quarto, se desprender da ideia de um candidato de uma pauta única. A segurança pública tem sido um dos pontos fortes da administração de Caiado, mas, nos outros aspectos, tem dificuldade em demonstrar aptidão. Romper com essa ideia será o seu desafio.
O quinto… e último, os projetos pessoais dos governadores de centro-direita podem falar mais alto. Apesar de um clima pacífico entre os gestores estaduais, próximo das eleições gerais de 2026, projetos personalistas e partidários podem ofuscar uma coalizão política.
Esses fatores podem impedir a campanha rumo à presidência da República de Ronaldo Caiado.