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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Reconhecer os primeiros sinais do Alzheimer é essencial para preservar a qualidade de vida

O Alzheimer permite que o acompanhamento clínico comece no tempo certo

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 25 de junho de 2025
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Reconhecer os primeiros sinais do Alzheimer é essencial para preservar a qualidade de vida. | Foto: Reprodução/Istock

Com o avanço da idade, é natural que ocorram dificuldades eventuais de memória. No entanto, quando os esquecimentos passam a ser frequentes, apresentam progressão contínua e começam a interferir nas atividades cotidianas, eles podem sinalizar o início de um quadro neurodegenerativo. Entre os principais, está a doença de Alzheimer, uma condição que exige atenção desde os primeiros sinais para garantir melhor qualidade de vida ao paciente.

Detectar precocemente o Alzheimer permite que o acompanhamento clínico comece no tempo certo. A doença se manifesta, em geral, com alterações sutis na memória episódica, principalmente na capacidade de reter novas informações. Esquecimento constante de fatos recentes, repetição de perguntas ou histórias em intervalos curtos, dificuldade para seguir conversas ou instruções e perda frequente de objetos ou compromissos são alguns dos sinais que costumam surgir nas fases iniciais. Esses déficits se destacam, sobretudo, em tarefas que exigem memória de curto prazo e atenção, comprometendo, aos poucos, a autonomia da pessoa.

Além das perdas cognitivas, o Alzheimer também pode causar alterações comportamentais e emocionais. Apatia, mudanças de humor, desconfiança, resistência a mudanças na rotina e dificuldades de julgamento ou tomada de decisões aparecem com frequência e, geralmente, são percebidas primeiro por familiares e cuidadores próximos.

O diagnóstico da doença é clínico e deve ser conduzido por um especialista. A avaliação costuma incluir entrevista com o paciente e seus familiares, aplicação de testes neuropsicológicos, análise das atividades de vida diária e exames laboratoriais que ajudem a descartar outras causas, como disfunções na tireoide ou deficiências vitamínicas. Quando necessário, exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia também são solicitados. Esse processo ajuda a distinguir o Alzheimer de outras formas de demência, como a demência vascular e a demência por corpos de Lewy.

Embora ainda não exista cura para o Alzheimer, o diagnóstico precoce oferece uma série de vantagens. Permite o início imediato de terapias medicamentosas e não medicamentosas, contribui para o planejamento familiar e o suporte psicossocial, reduz riscos associados à perda de autonomia e prolonga a preservação das funções cognitivas. Também possibilita que o paciente participe de estudos clínicos e se beneficie de novas abordagens terapêuticas.

A origem exata do Alzheimer ainda é desconhecida, mas há fatores de risco reconhecidos, como idade avançada, histórico familiar da doença, predisposições genéticas, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e tabagismo. Por isso, ao menor sinal de alterações na memória, na linguagem ou no comportamento, especialistas recomendam procurar uma avaliação neurológica detalhada. A atenção aos sinais iniciais e a adoção de estratégias de cuidado individualizado podem influenciar de forma significativa o curso da doença.

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