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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Serviço público

Servidores da Abin pressionam por saída de diretor indiciado pela PF

Diretor-geral Luiz Fernando Corrêa foi indiciado por suposta interferência em apurações da PF

Otavio Augustopor Otavio Augusto em 12 de julho de 2025
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Chefe da Abin na mira: servidores pedem afastamento após indiciamento. Foto: Divulgação

A associação que representa os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Intelis, protocolou nesta sexta-feira (11) uma ação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para solicitar o afastamento do diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa. O pedido ocorre após Corrêa ter sido indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a chamada “Abin paralela”.

Segundo a PF, o atual diretor-geral é suspeito de tentar interferir nas investigações sobre possíveis irregularidades ocorridas na agência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O indiciamento foi formalizado em junho deste ano, no âmbito de um inquérito que apura o uso indevido de ferramentas de geolocalização sem autorização judicial.

Ação na Abin

A Intelis afirmou que o conteúdo da ação civil pública encaminhada à PGR não foi divulgado, mas reiterou que a permanência de Corrêa no comando da Abin representa um risco institucional. Em nota publicada no mês passado, a associação já havia criticado a conduta do dirigente, destacando que ele afastou servidores que foram citados durante a investigação.

Para os representantes da categoria, o mesmo critério deve ser aplicado ao próprio diretor-geral. “Pela mesma lógica, não pode ele próprio se manter no cargo máximo da agência, com poderes para seguir incorrendo nos alegados crimes”, afirmou a entidade em nota anterior.

abin fachada
Abin. Foto: Divulgação

O caso da “Abin paralela” envolve suspeitas de monitoramento ilegal e desvio de finalidade no uso de recursos da agência. As apurações apontam que integrantes do órgão teriam utilizado sistemas de inteligência para fins pessoais ou políticos durante a gestão anterior.

A PGR ainda não se manifestou sobre o pedido apresentado pela Intelis. Também não houve, até o momento, posicionamento oficial por parte da diretoria da Abin ou do próprio Luiz Fernando Corrêa.

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