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sábado, 6 de dezembro de 2025
Gigante asiático

Senadores preparam recado a Washington: “Tarifa empurra Brasil para a China”

Em viagem aos EUA, parlamentares querem alertar que restrições comerciais podem fortalecer a relação brasileira com os chineses — o que preocupa o entorno de Donald Trump

Bruno Goulartpor Bruno Goulart em 23 de julho de 2025
Senadores preparam recado a Washington: “Tarifa empurra Brasil para a China”
Capitólio, em Washington, nos EUA. Prédio é a sede do poder legislativo americano. Foto: Flickr

Um grupo de senadores brasileiros que se prepara para viajar a Washington já definiu o tom da mensagem que pretende levar às autoridades americanas. Segundo apuração da CNN, os parlamentares vão afirmar que, se os Estados Unidos se fecharem às exportações do Brasil, estarão empurrando o país diretamente para a China — rival geopolítica e comercial de Washington. A ideia é explorar o incômodo de Donald Trump e de seu entorno com a aproximação entre Brasil e o gigante asiático.

Na última quarta-feira (22), os senadores discutiram essa abordagem com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em uma reunião preparatória em Brasília. Os parlamentares relataram sua preocupação com os efeitos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e reforçaram que a retaliação poderá afastar ainda mais o Brasil dos interesses americanos.

Leia mais: Bolsonaro sob rédea curta: justiça ou exagero?

Até o momento, a agenda dos senadores nos EUA está restrita ao Capitólio, mas corre o risco de ser esvaziada com o recesso antecipado pelos republicanos, que tentam evitar votações ligadas ao caso Epstein. Diante disso, os parlamentares têm sido procurados por empresários, lobistas e entidades dos setores afetados, todos interessados em construir uma estratégia comum para tentar convencer Trump a recuar da medida antes de 1º de agosto.

Apesar do esforço, a expectativa de êxito é considerada baixa. Segundo aliados, os senadores não têm mandato para negociar em nome do Brasil. Caso consigam algum avanço, o governo pretende se somar à iniciativa. Caso contrário, correm o risco de serem vistos como ineficazes ou sem legitimidade para representar o país em tratativas internacionais.

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