O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na última quinta-feira (24) que o país reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro. A medida, segundo ele, visa contribuir para a paz no Oriente Médio.

O anúncio foi feito na rede social X, acompanhado de uma carta enviada ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. “Fiel ao compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina”, escreveu Macron. “Farei esse anúncio solene na Assembleia Geral da ONU em setembro.”

Com a decisão, a França deve se tornar a primeira grande potência ocidental a reconhecer oficialmente o Estado palestino, somando-se a outros 146 países, como o Brasil. Recentemente, Espanha, Noruega e Irlanda também aderiram ao movimento, até então liderado por nações menores e mais críticas a Israel.

O gesto francês provocou forte reação de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou nota criticando a iniciativa. Segundo ele, a decisão “recompensa o terror e corre o risco de criar mais um representante do Irã”.

A resposta norte-americana também foi negativa. Em junho, o governo dos Estados Unidos declarou ser contra qualquer reconhecimento unilateral do Estado palestino. Já nesta sexta-feira (25), o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, ironizou Macron. Em publicação na rede x, ele escreveu: “A ‘declaração’ unilateral de Macron de um estado ‘palestino’ não dizia onde ele seria. Agora posso revelar com exclusividade que a França oferecerá a Riviera Francesa e que a nova nação se chamará ‘Franc-en-Stine’”.