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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Absurdo

Servidora da Prefeitura de Goiânia usou verba pública para pagar rituais de bruxaria

Servidora da prefeitura é investigada por desviar R$ 425 mil dos cofres municipais; Operação Ritual do Desvio cumpriu mandados em Goiás e Alagoas

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 5 de agosto de 2025
capa 73
Foto: Divulgação

Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Civil de Goiás realizou a Operação Ritual do Desvio. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Alagoas, por meio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, e teve como objetivo cumprir três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em cidades de Goiás e na região metropolitana de Maceió (AL).

As diligências ocorreram simultaneamente em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás e Maceió. A operação é resultado de uma investigação que apura um esquema de desvio de dinheiro público diretamente da conta da Prefeitura de Goiânia, realizado por uma servidora que, à época dos fatos, ocupava um cargo específico na administração municipal.

De acordo com a apuração, a funcionária inseria dados falsos no sistema contábil para autorizar pagamentos indevidos. As primeiras irregularidades foram identificadas pela Controladoria-Geral do Município (CGM), que deu início ao processo de responsabilização. Só em 2025, a servidora teria efetuado 14 transações fraudulentas, desviando aproximadamente R$ 425 mil dos cofres públicos. 

Entre os beneficiários estão uma mulher que presta serviços de bruxaria, uma associação desportiva, uma farmácia registrada em nome da cunhada da investigada, além do pagamento de faturas de cartão de crédito pessoais da própria servidora.

Além da prisão dos envolvidos e das buscas domiciliares, a Justiça determinou medidas cautelares, como o bloqueio de valores nas contas bancárias dos investigados e a suspensão imediata da servidora das funções públicas. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e rastrear o destino final dos recursos desviados.

Em nota, a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) esclareceu que, assim que identificou as irregularidades no uso de verbas públicas, afastou a servidora envolvida e encaminhou à Controladoria-Geral do Município todos os indícios apurados. A CGM e a Procuradoria-Geral do Município repassaram os elementos à Polícia Civil, o que possibilitou o avanço da investigação. 

A Prefeitura de Goiânia afirmou ainda que reforça seu compromisso com a transparência e o bem público e que permanece à disposição para colaborar com o trabalho das autoridades.

Leia mais: Incêndio atinge aterro na Capital, queima 5 hectares e reacende debate sobre irregularidades

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