A defesa do rapper americano Sean “Diddy” Combs apresentou novas denúncias sobre as condições enfrentadas pelo artista no Centro de Detenção Metropolitano de Brooklyn, em Nova York. Preso desde setembro de 2024, o músico estaria recebendo alimentos vencidos e contaminados com larvas, segundo documento enviado à Justiça dos Estados Unidos nesta segunda-feira (4/8).

A denúncia foi formalizada pelo advogado Marc Agnifilo, representante legal de Diddy, em carta endereçada ao juiz federal Arun Subramanian. O texto relata que a situação alimentar do centro prisional é grave e compromete a saúde dos detentos. A defesa anexou imagens dos alimentos que, segundo ela, demonstram o estado de conservação inadequado.

Além disso, os advogados apontam que o rapper vem sofrendo com lockdowns constantes dentro da unidade prisional. Essas interrupções diárias nas atividades estariam limitando o direito de circulação dos presos, o que agrava o quadro. A defesa considera que o contexto reforça a necessidade da concessão de liberdade provisória ao artista enquanto aguarda a sentença definitiva.

Sean Combs foi inocentado das acusações mais graves apresentadas no início do processo, incluindo associação criminosa e tráfico sexual. No entanto, foi condenado por dois crimes ligados ao transporte de pessoas com o objetivo de prostituição, conforme decisão judicial já divulgada. A sentença final está prevista para ser anunciada em outubro.

A nova solicitação de liberdade com base nas condições de encarceramento foi registrada oficialmente na Corte. A decisão agora depende do juiz responsável pelo caso. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre os novos relatos da defesa.

O rapper, produtor e empresário é uma das figuras mais conhecidas da indústria musical americana e enfrenta desde 2023 uma série de investigações envolvendo denúncias criminais de ex-funcionárias e ex-parceiras. A atual fase do processo concentra-se na responsabilização pelos crimes já julgados, com foco na definição da pena.