Prefeito projeta legado de olho no aniversário de 300 anos de Jaraguá
Paulo Vitor (União Brasil) participou do Momento Político em visita ao Grupo O HOJE na última quinta-feira (7)
O prefeito de Jaraguá, Paulo Vitor Avelar (União Brasil), visitou o estúdio do Grupo O HOJE na última quinta-feira (7) para participar do Momento Político. O bate-papo, mediado pelo jornalista Wilson Silvestre, atravessou desde a gestão do prefeito em Jaraguá até as articulações políticas para a disputa pelo governo estadual e a Presidência da República.
Logo no início do bate-papo, Avelar tratou das dificuldades vividas no município e dos feitos de sua gestão em Jaraguá. “O maior desafio, no primeiro mandato, era a infraestrutura, colocar as contas em dia e organizar a prefeitura. Nós pagamos quase R$ 20 milhões de precatórios no primeiro mandato”, disse o prefeito. Vitor destacou que trabalhou para recuperar a autoestima do município. “A cidade mudou de cara. Nós mudamos a cara da cidade. Talvez o maior desafio hoje é não deixar que essa expectativa e esperança se vá”, afirmou.
O prefeito também ressaltou que sua gestão trabalha para superar os desafios administrativos. “Precisamos zerar as vagas em creches e terminar as obras paradas, que fiz no protocolo de gestão. Até ano que vem, iremos finalizar as 28 obras paradas de seis gestões anteriores. Faltam duas. Não interessa de qual prefeito, de qual partido… nós temos que zerar isso e não ter nenhuma obra parada”, garantiu Paulo.
O chefe do Executivo municipal enfatizou a evolução na educação e na saúde. “Pegamos com seis escolas fechadas e reformamos todas, são 16 escolas no total. Temos 5 mil alunos na rede municipal e 13 mil na rede estadual. Conseguimos o selo ouro em todas as premiações no ano passado, com nota máxima no Ideb e nas avaliações do Ministério da Educação e da Secretaria de Estado. Não tem nenhuma criança em Jaraguá que procure escola e não consiga. Nenhuma. Nem na zona rural e nem na zona urbana”, frisou o prefeito.
Paulo afirmou que existe um déficit nas creches de Jaraguá, com 140 crianças na fila. Porém, destacou que duas obras em andamento irão suprir a demanda. “Estamos terminando duas creches, então teremos 200 vagas, duas creches de 100 vagas cada uma, uma do governo federal, outra do governo estadual. A gente vai zerar essa fila de CMEIs, para que as pessoas possam trabalhar com tranquilidade”, disse.
No âmbito da saúde, o prefeito afirmou que a avaliação positiva saiu de 32% para 78%. “Contamos com todo tipo de especialidade médica e a prefeitura subsidiando. Havia seis anos que não nascia uma criança em Jaraguá, porque não fazia parto. Hoje nós temos a obstetrícia e a ortopedia 24 horas no hospital. Um atendimento de 5 a 6 crianças por semana nascendo na cidade”, garantiu Paulo.
Questionado sobre qual legado quer deixar com sua gestão, o prefeito explicou o projeto para os 300 anos da cidade. “Jaraguá completou 289 anos. Ano que vem vamos lançar o programa Jaraguá 300. Iremos fazer várias audiências públicas, reuniões com diferentes classes setoriais. Qual Jaraguá nós queremos com 300 anos? Como é que nós vamos querer que Jaraguá chegue a 300 anos? A sugestão é que seja feito um programa de administração. A gestão não é o Paulo Vitor, eu sou maestro da banda. A gestão é um conjunto. É um conjunto de pessoas, de dedicação, de secretários, de diretores, que estão lá na ponta”, afirmou o prefeito.
2026
A respeito da pretensão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) de disputar a Presidência da República, Paulo destaca que uma das dificuldades está na limitação eleitoral de Goiás. “Goiás tem 3% da votação do Brasil. Então, por mais que nós tenhamos 90% [de aprovação] aqui, na hora da pesquisa, a gente tem dificuldade até para pontuar”, explicou o prefeito.
Além disso, Vitor afirmou que a polarização ideológica referendada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabiliza outros projetos políticos. “O bolsonarismo e o lulismo gritam muito. Um depende do outro para sobreviver, e por isso que não dão espaço para as discussões”, disse.
“[Ronaldo] Caiado [UB], o [governador do Rio Grande do Sul] Eduardo Leite [PSD], o [governador de Minas Gerais, Romeu] Zema [Novo], o [governador do Paraná] Ratinho Júnior [PSD], eles só vão crescer no momento em que as pessoas pararem de olhar quem está gritando e ouvir o que os outros têm para falar e mostrar as experiências que foram feitas no Estado”, destacou o chefe do Executivo municipal. Na opinião do prefeito, qualquer um dos governadores da direita que forem para o segundo turno, vencem as eleições presidenciais. Paulo afirmou que está na “ala que está cansada dos dois”, em referência a Lula e Bolsonaro, e que o País precisa de um governo com “racionalidade, diálogo e menos extremismo”.
Para a disputa pelo Governo de Goiás em 2026, o entendimento do prefeito é que não há, na população, um clamor pela mudança. “As pessoas não estão cansadas do governo de Ronaldo Caiado como estavam cansados do PMDB em 1998 e como estavam cansados do PSDB em 2018”, analisou Paulo.
O chefe do Executivo municipal entende que a gestão atual atende a expectativa da classe política e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) teve o protagonismo suficiente na gestão caiadista — tornando Vilela o favorito em relação a outros cotados, como o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Wilder Morais (PL). (Especial para O HOJE)