A enfermeira Luciana Ponsiano relatou ter sido vítima de racismo após uma divergência sobre a limpeza de seu apartamento, em Goiânia. A diarista Sthefany enviou mensagens chamando Luciana de “nojenta” e “chata por ser de cor”. Quando questionada, Sthefany confirmou os ataques: “Demais, do seu jeito, sim, que reclama, que fica exigindo. A sua raça é isso aí, não se espera mais nada”.

A Delegacia Estadual de Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e de Intolerância Religiosa abriu investigação para apurar o caso. Até o momento, a defesa da diarista não se pronunciou oficialmente, alegando falta de tempo para tratar do assunto. Luciana continua reunindo provas e acompanhando o andamento do processo.

A relação entre Luciana e Sthefany começou de forma comum, com a diarista sendo indicada por uma vizinha. Após definir o serviço e o valor, Luciana chegou a oferecer almoço, recusado pela funcionária, que alegou que o apartamento já estava limpo. Contudo, ao retornar, a enfermeira encontrou o local sujo, registrou vídeos e enviou à diarista, que respondeu com insultos racistas.

Além de depreciar a pele de Luciana, Sthefany atacou seu cabelo, chamando-o de “Bombril”, e comparou seu comportamento ao de pessoas brancas, que segundo ela, nunca a incomodaram. A polícia reforça que continuará investigando o caso.