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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Neuralgia do trigêmeo compromete qualidade de vida

Condição provoca dores faciais intensas e recorrentes, com causas que incluem compressão do nervo, esclerose múltipla e tumores, segundo Manual MSD e Mayo Clinic

Luana Avelarpor Luana Avelar em 14 de agosto de 2025
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Foto: FreePik

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica caracterizada por dor facial crônica, que atinge o nervo trigêmeo, responsável pela mastigação e sensibilidade da face. Considerada uma das dores mais intensas descritas pela medicina, pode perdurar por meses e comprometer a realização de atividades profissionais e sociais. Segundo o Manual MSD, referência médica publicada pela farmacêutica Merck & Co., a causa mais frequente é a compressão do nervo trigêmeo por uma artéria em posição anômala. Essa pressão desencadeia crises de dor aguda e intensa, geralmente em apenas um lado do rosto, embora casos bilaterais também ocorram.

Em alguns pacientes, a neuralgia decorre de lesões nervosas provocadas pela esclerose múltipla. Situações menos comuns envolvem tumores que comprimem o nervo. A incidência é maior entre mulheres adultas, mas homens e idosos também podem ser afetados.

De acordo com a Mayo Clinic, organização médica norte-americana, os sintomas incluem episódios de dor intensa e pulsante, semelhante a choques elétricos, que podem durar segundos ou minutos, e ocorrer em sequência por dias, meses ou anos. Há casos sem períodos de alívio. As crises podem ser desencadeadas por estímulos leves, como tocar o rosto, escovar os dentes, barbear-se, comer, beber, conversar, sorrir, lavar o rosto, aplicar maquiagem ou até sentir a brisa na pele. A dor pode se concentrar na mandíbula, dentes, gengivas, lábios ou em um lado específico da face. Espasmos musculares faciais também são relatados, e há raros registros de dor durante o sono.

O diagnóstico é feito por exame neurológico, que inclui avaliação física e análise dos sintomas, complementado por ressonância magnética para investigar causas associadas, como esclerose múltipla ou tumores.

O tratamento costuma iniciar com medicamentos anticonvulsionantes, que estabilizam as membranas das células nervosas e ajudam a controlar a dor. Relaxantes musculares também podem ser prescritos, isoladamente ou em combinação. Em casos em que os fármacos não oferecem resposta satisfatória, há opções cirúrgicas voltadas a aliviar a compressão do nervo, com o objetivo de restaurar a qualidade de vida do paciente.

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