Banho quente faz mal para a pele? Entenda os riscos
Especialista alerta para os efeitos da água quente na saúde da pele e indica cuidados simples para manter a hidratação
Nos dias frios, a procura por banhos quentes e demorados aumenta, mas especialistas alertam que essa prática pode trazer consequências para a saúde da pele. A dermatologista Fátima Tubini explica que a água muito quente retira a oleosidade natural do corpo, prejudicando a barreira de proteção cutânea e intensificando o ressecamento, problema comum no inverno.
“A água muito quente remove a oleosidade natural da pele, essencial para manter a hidratação e formar uma barreira de proteção contra agentes externos. No inverno, esse efeito se intensifica, já que o clima seco por si só já contribui para o ressecamento”, destaca a dermatologista.
Segundo a especialista, a combinação de água quente e sabonetes agressivos pode causar coceira, vermelhidão e descamação, sintomas típicos da dermatite de inverno. Pessoas com quadros dermatológicos prévios, como dermatite atópica ou psoríase, podem ter as inflamações agravadas e crises intensificadas.
Além da temperatura da água, a duração e frequência dos banhos também impactam a saúde da pele. “Banhos longos e muito quentes, além de aumentarem o consumo de água e energia, retiram o manto lipídico da pele, que é essencial para evitar a perda de água transepidérmica. Isso favorece a sensação de pele áspera e repuxada, muito comum nessa época do ano”, alerta Fátima Tubini.
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Cuidados simples ajudam a manter a pele saudável
Para proteger a pele durante o inverno, a dermatologista recomenda ajustar a temperatura do banho para morna ou levemente quente e limitar a duração a, no máximo, 10 minutos. Essa medida ajuda a reduzir o ressecamento e protege a camada natural de oleosidade da pele.
O uso de sabonetes suaves e hidratantes também é fundamental. Após o banho, a aplicação imediata de cremes ou loções, com a pele ainda úmida, ajuda a selar a umidade e garante maior hidratação. “Esse hábito ajuda a selar a umidade na pele, promovendo maior hidratação e conforto”, explica Tubini.
Outro ponto relevante é a hidratação interna e a proteção das áreas mais sensíveis, como mãos, rosto e lábios, que sofrem mais com o frio e o vento. Manter a ingestão de líquidos contribui para a saúde da pele de dentro para fora, prevenindo o ressecamento intenso.
A dermatologista ressalta que, apesar do alívio imediato proporcionado pelo banho quente, é necessário atenção aos efeitos na pele. Seguindo cuidados simples e orientações médicas, é possível atravessar o inverno com a pele hidratada e sem desconfortos típicos da estação.
“Embora o banho quente proporcione alívio imediato nos dias frios, é fundamental estar atento aos impactos na saúde da pele. Com cuidados simples e a orientação de um dermatologista, é possível atravessar o inverno com conforto e uma pele saudável”, conclui a especialista.