O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Tempo seco em Goiás exige cuidados redobrados com a saúde da pele e do corpo

Com umidade relativa do ar chegando a 10%, especialista do HDT alerta para riscos do ressecamento e orienta sobre medidas simples para proteger

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 19 de agosto de 2025
11 abre Freepik 1
Foto: Freepik

Com a chegada da estiagem, Goiás enfrenta um período de baixa umidade relativa do ar, que em alguns dias chega a apenas 10%. O índice está muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera ideal o patamar de 60%. Além do desconforto respiratório, esse cenário traz prejuízos diretos para a pele, que sofre com ressecamento, descamação e até o agravamento de doenças dermatológicas.

A dermatologista Nayana Aveiro, reforça que a baixa umidade compromete a barreira protetora da pele. “Com menos água nas camadas superficiais, a pele perde sua função de proteção, fica áspera, descama, coça e, em muitos casos, condições como dermatite atópica, dermatite de contato e psoríase se tornam mais intensas”, explica.

Segundo a especialista, os sintomas mais frequentes nesse período são prurido (coceira), rachaduras nos lábios, fissuras nas mãos e nos pés, além da sensação de repuxamento após o banho. “Muitas pessoas ignoram esses sinais, mas eles indicam que a pele está pedindo socorro. O cuidado preventivo é fundamental para evitar complicações”, pontua.

Para amenizar os impactos do clima seco, a médica recomenda adotar medidas diárias e acessíveis. “Beber bastante água é o primeiro passo. Além disso, é importante evitar banhos quentes e demorados, preferir sabonetes suaves e aplicar o hidratante logo após o banho, quando a pele ainda está úmida”, orienta.

Outro ponto destacado é a escolha das roupas. Tecidos leves e confortáveis reduzem o atrito e colaboram para preservar a hidratação natural da pele. Já em ambientes com ventilador ou ar-condicionado, a recomendação é redobrar os cuidados. “Esses aparelhos ressecam ainda mais o ar, por isso, vale associar o uso de umidificadores e intensificar a hidratação”, indica.

O uso diário de hidratantes é indispensável, de acordo com a dermatologista. Ela recomenda aplicar o produto pelo menos uma vez ao dia em todo o corpo e repetir em áreas críticas, como cotovelos, joelhos, pés e mãos. “Hidratantes mais consistentes e sem fragrância são mais indicados, pois reduzem o risco de irritação”, afirma.

Entre os ativos mais eficazes, estão a ureia — indicada para regiões de pele íntegra ou mais espessa —, além de combinações com ceramidas, lactatos e ácido hialurônico, que ajudam a reter água na pele. No rosto, especialmente em peles oleosas ou acneicas, a preferência deve ser por fórmulas oil free ou em gel. Já lábios e áreas sensíveis, como ao redor dos olhos, exigem produtos específicos e aplicações frequentes.

Crianças e idosos merecem atenção redobrada

A médica lembra que alguns grupos precisam de cuidados adicionais. A pele infantil, por ser mais fina e sensível, reage mais rapidamente à baixa umidade, o que aumenta o risco de irritações. Já em idosos, o ressecamento tende a ser mais intenso, exigindo hidratantes mais potentes e em maior frequência. “Nessas faixas etárias, a prevenção evita complicações que podem evoluir para infecções de pele”, reforça.

Além do impacto dermatológico, o tempo seco traz riscos para todo o organismo. O ar seco pode ressecar as mucosas do nariz, garganta e pulmões, causando tosse, dificuldade para respirar e irritação. Esse quadro favorece crises de asma, bronquite e rinite alérgica, além de aumentar o risco de gripes e resfriados. 

Os olhos também sofrem: coceira, vermelhidão e ardência são queixas comuns nesse período. Outro problema recorrente é o sangramento nasal, já que as paredes internas do nariz ficam mais frágeis. A baixa umidade ainda eleva o risco de desidratação, especialmente se a ingestão de líquidos não for suficiente.

Para enfrentar esses desafios, especialistas recomendam hidratação frequente, tanto interna quanto externa. Aumentar a ingestão de água, usar hidratantes corporais e faciais, recorrer a soro fisiológico para proteger as vias respiratórias e investir em umidificadores de ambiente são atitudes simples, mas muito eficazes. Evitar banhos quentes e proteger os olhos com óculos escuros também ajudam a reduzir os efeitos do clima.

Alerta do Inmet para baixa umidade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de perigo potencial para Goiânia e outras cidades da Região Centro Goiano. O aviso, que vale das 3h do dia 18 até às 3h do dia 19 de agosto de 2025, chama atenção para os efeitos do tempo seco. 

De acordo com o instituto, a umidade relativa do ar pode cair abaixo de 30% na Capital, bem abaixo dos 60% recomendados pela OMS para o bem-estar da população.O Inmet classifica os avisos de baixa umidade em três graus de severidade: perigo potencial (amarelo), perigo (laranja) e grande perigo (vermelho). 

Leia mais: Homem é preso suspeito de maus-tratos contra a própria mãe idosa em Goiânia

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também