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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Crime

Cantor sertanejo morto a tiros tinha histórico de crimes e era apontado como grande traficante em Goiânia

Conhecido na cena sertaneja, o artista também acumulava um longo histórico criminal

Maria Eduarda Leãopor Maria Eduarda Leão em 1 de setembro de 2025
Cantor sertanejo morto a tiros em Campo Grande foi um dos maiores traficantes de Goiânia
| Foto: divulgação

O cantor e compositor Yuri Ramirez, de 47 anos, foi morto a tiros dentro de uma casa no bairro Santa Emília, em Campo Grande (MS), na manhã de sábado (30). Conhecido na cena sertaneja, o artista também acumulava um longo histórico criminal, que incluía tráfico de drogas, contrabando de armas e até uma condenação por estupro.

Segundo a Polícia Civil, dois homens armados invadiram o imóvel onde Ramirez vivia, se identificaram como policiais e abordaram a moradora da residência. Em seguida, seguiram até o quarto em que o cantor estava. Ele foi surpreendido e atingido por oito disparos, morrendo no local. A perícia encontrou 12 cápsulas de pistola espalhadas pela cena do crime. Os suspeitos fugiram e ainda não foram identificados.

Prisão domiciliar e histórico criminal

Ramirez havia deixado a prisão em julho deste ano e cumpria pena em regime domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Para atender à exigência da Justiça de manter residência fixa, passou a viver com uma mulher que o acolheu na casa onde ocorreu a execução.

Em 2018, foi preso em Goiânia por uso de documento falso. Na ocasião, a Polícia Civil o apontou como um dos maiores traficantes de drogas e armas da região Noroeste da capital goiana, integrante de uma facção criminosa. Investigações mostraram que a casa onde morava funcionava como ponto de venda de entorpecentes. O cantor teria comercializado cerca de 800 quilos de maconha vindos do Paraguai e negociado armas de fogo, incluindo um fuzil AK-47.

Antes disso, Ramirez já havia sido condenado no Mato Grosso do Sul, após ser flagrado com 20 quilos de drogas. Durante a prisão em Goiânia, apresentou um documento falso em nome de “Alexandre Nunes”.

Carreira musical

Apesar do envolvimento com o crime, Ramirez também construiu trajetória na música sertaneja. Natural de Campo Grande, começou a carreira ainda na adolescência, inicialmente influenciado pelo rock, até migrar para o sertanejo, inspirado pelo pai.

Em 2020, formou uma dupla e se apresentou em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Mais tarde, seguiu carreira solo, dividindo palco com artistas de renome, como Maria Cecília e Rodolfo. Em entrevistas, afirmou ter escrito mais de 240 composições inéditas, entre elas as músicas “Boca Errada” e “Novo Engano”, lançada em 2024.

Investigação

O caso foi registrado como homicídio qualificado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, em Campo Grande. A Polícia Civil investiga a motivação do crime e busca identificar os executores, que teriam se passado por policiais para entrar no imóvel.

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