Seis pessoas foram mortas e mais de sete ficaram gravemente feridas em um ataque a tiros em Jerusalém, nesta segunda-feira (8), segundo informações de paramédicos e da polícia israelense. O episódio é considerado o mais mortal na cidade em quase dois anos.

De acordo com o serviço de emergência Magen David Adom, entre as vítimas estão três homens de cerca de 30 anos e um casal na faixa dos 50. Outras nove pessoas baleadas foram levadas a hospitais.

A polícia relatou que dois homens chegaram em um veículo e abriram fogo contra passageiros no cruzamento de Ramot, na periferia norte da capital. Um agente de segurança e um civil reagiram e conseguiram neutralizar os atiradores.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve no local e afirmou que as forças de segurança estão cercando as áreas de onde os agressores partiram. O premiê afirmou que Israel vem frustrando centenas de ataques ao longo dos anos, mas  “não conseguiu fazer isso esta manhã”.

A imprensa israelense aponta que os atiradores teriam saído de vilarejos próximos a al-Qubeiba e Qatanna, cerca de 10 km a oeste do ponto de ataque. A operação mobilizou grande número de policiais, equipes antibombas e peritos forenses.

O vice-comissário Shlomi Bachar declarou à emissora Canal 12 que os investigadores estão “tentando entender como eles chegaram aqui, quem os trouxe” e que esperam identificar rapidamente os responsáveis por dar apoio à ação.

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas o Hamas divulgou nota dizendo que “elogia” os agressores, classificando a ação como uma “resposta natural” à ofensiva militar de Israel em Gaza.

Em comunicado, o governo israelense afirmou: “Este é o mal que Israel enfrenta. Dois terroristas abriram fogo contra um ônibus em Jerusalém — mirando passageiros, transeuntes, qualquer pessoa ao alcance. A guerra que Israel trava é por todos que se levantam contra o terror.”

O último ataque semelhante havia ocorrido em novembro de 2023, quando militantes do Hamas mataram três pessoas em um ponto de ônibus.