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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Violência

Vítima de cárcere privado é libertada após quatro dias de agressões em Itumbiara

Agressoras foram presas em flagrante; vítima relatou espancamentos, ameaças de morte e coerção para pagamento de dívida de drogas.

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 12 de setembro de 2025
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Foto: Divulgação

Uma operação do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (GENARC) da Polícia Civil libertou, na tarde desta quinta-feira (11), uma mulher de 33 anos que passou quatro dias mantida em cárcere privado sob tortura, ameaças de morte e coerção para realizar tarefas domésticas. O crime aconteceu em uma residência do Bairro Novo Horizonte, em Itumbiara, que já era monitorada por suspeita de tráfico de drogas e intensa movimentação de usuários. 

De acordo com os investigadores, o caso teve origem em uma suposta dívida de R$ 1.800 em entorpecentes. A vítima contou que, no início do mês, esteve na casa para comprar drogas e foi acusada de ter furtado quase dois mil reais em produtos ilícitos. Desde então, passou a sofrer perseguições e, no último domingo (7), foi retirada à força da casa de uma amiga e levada para a residência de uma das suspeitas.

Ao chegar ao local nesta quinta-feira, os policiais encontraram a vítima visivelmente abalada, com ferimentos no corpo e relatos de violência extrema. Ela afirmou ter sido agredida com uma tábua de cortar carne, pedaços de bambu, capacetes e até facas, que chegaram a cortar seus pés. 

Além das agressões físicas, contou que foi coagida a telefonar para a filha exigindo dinheiro para saldar a suposta dívida. “Forçaram ontem a ligar para minha filha pedindo R$ 1.800. Disseram que, se ela não pagasse, hoje eu ia morrer”, relatou, emocionada.

Durante a ação policial, duas mulheres, identificadas apenas como Michelle e Aline foram presas em flagrante. Elas foram autuadas pelos crimes de tortura, cárcere privado e tráfico de drogas, sendo encaminhadas ao presídio de Itumbiara. A vítima recebeu atendimento médico imediato e deve ser novamente ouvida para detalhar as agressões sofridas.

As autoridades agora investigam se outras pessoas participaram do crime, incluindo um homem conhecido como “Jotinha”. A Polícia Civil reforçou que o local já estava sob vigilância após denúncias anônimas e destacou que o resgate evitou um desfecho ainda mais grave. O espaço segue aberto para manifestações das defesas das investigadas.

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