A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Xingu e desarticulou uma organização criminosa especializada em roubo, adulteração, ocultação e comercialização interestadual de veículos. A ação resultou em prisões, apreensão de armas de fogo e recuperação de automóveis com registro de furto e roubo.

De acordo com a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI), pelo menos dez pessoas participavam do esquema criminoso. Durante as diligências, duas pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de adulteração de veículos e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Com elas, os policiais apreenderam uma pistola 9mm, uma carabina calibre .22, quatro motocicletas com queixa de roubo e furto. Além disso, um carro com sinais identificadores adulterados, peças de origem suspeita e celulares também foram apreendidos.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes regiões do DF, como Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Estrutural, além de cidades goianas, entre elas Cidade Ocidental e Anápolis.

As investigações apontaram que o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas e utilização de estabelecimentos comerciais de fachada, como lava a jato, loja de emplacamento e revendedora de veículos e motocicletas. O líder da organização era responsável por encomendar veículos a serem furtados ou roubados, indicar modelos e locais para os crimes, coordenar adulterações de sinais identificadores, além de negociar com receptadores e articular a logística de transporte para outros estados. Ele também estaria envolvido na venda de armas de fogo e dispositivos usados para burlar rastreadores veiculares.

Um dos principais receptadores identificado pela PCDF mora em Anápolis (GO). Ele recebia veículos adulterados, fornecia dados para clonagem de placas e atuava como redistribuidor dos automóveis e motocicletas ilícitas. Outro integrante, ligado à execução direta dos crimes, participou do roubo de um Fiat Mobi em março deste ano e chegou a negociar a aquisição de armamentos e bloqueadores de rastreadores para apoiar as ações do grupo.

O esquema ainda contava com apoio logístico de um lava a jato, onde os veículos recém-roubados eram ocultados e preparados para a revenda, com troca de placas e outros ajustes para tentar despistar a polícia.

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