O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
SAÚDE

Alzheimer atinge 2 milhões de brasileiros e exige atenção ao diagnóstico precoce

Especialista aponta sinais de alerta, fatores de risco e importância do acompanhamento especializado

Thais Airespor Thais Aires em 17 de setembro de 2025
Alzheimer

Setembro é marcado pela campanha mundial de conscientização sobre a Doença de Alzheimer, condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. De acordo com estimativas, cerca de 2 milhões de brasileiros vivem atualmente com Alzheimer, número que pode triplicar até 2050.

Globalmente, mais de 55 milhões de pessoas têm algum tipo de demência, sendo o Alzheimer a forma mais comum. Segundo o médico neurologista Marcos Alexandre, do Hospital Mater Dei Goiânia, o atraso no diagnóstico ainda é um grande desafio.

“Estamos diante de uma epidemia silenciosa. O que vejo no consultório reflete os números: muito subdiagnóstico e demora para iniciar cuidado e planejamento familiar, porque muitos ainda encaram o esquecimento como algo normal da idade”, afirma.

Sinais de alerta e diagnóstico precoce

Entre os sinais de alerta que devem ser observados, estão perda de memória recente que compromete tarefas do dia a dia, dificuldade em organizar atividades simples, repetição de perguntas, desorientação em locais conhecidos, troca de palavras, mudanças de humor e comportamento, além de distúrbios do sono.

“O ponto-chave é que não se trata de esquecer onde deixou a chave de vez em quando, mas de alterações persistentes que afetam a rotina. Quando isso ocorre, é hora de procurar avaliação especializada cedo”, destaca o médico.

O especialista ressalta que identificar a doença nas fases iniciais faz diferença no tratamento. “O diagnóstico precoce permite iniciar terapias e organizar o cuidado, prolongando autonomia e bem-estar. O paciente participa das decisões, a família se planeja e os tratamentos medicamentosos e não medicamentosos rendem mais”, explica Marcos.

Além da idade avançada e da genética, condições como hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade estão entre os fatores de risco. Por outro lado, hábitos como atividade física regular, alimentação saudável, controle de doenças crônicas, vida social ativa e aprendizado contínuo ajudam a reduzir a probabilidade de declínio cognitivo.

Marcos Alexandre chama a atenção para o papel central da família no dia a dia do paciente. “O Alzheimer muda a dinâmica da casa. O cuidador organiza rotina, segurança, medicação e alimentação, mas também oferece vínculo e afeto. Dividir tarefas e buscar rede de apoio é fundamental para evitar o adoecimento de quem cuida”, orienta Marcos.

 

 

Leia também: Temperos presentes no dia a dia podem reduzir o risco de Alzheimer; saiba quais

 

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Veja também