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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Prevenção

Casos de sífilis crescem 46,6% na Capital e acendem alerta da Saúde

Entre janeiro e agosto deste ano, a capital registrou mais de 2,9 mil notificações da doença, incluindo ocorrências em gestantes e recém-nascidos

Letícia Leitepor Letícia Leite em 30 de setembro de 2025
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Foto: Divulgação/SMS

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia acendeu um alerta para o aumento expressivo dos casos de sífilis na Capital. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que, entre janeiro e agosto deste ano, foram notificados 2.313 casos de sífilis adquirida, 469 em gestantes e 122 de sífilis congênita. Em comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento foi de 46,6%. No ano passado, foram registrados 1.475 casos de sífilis adquirida, 422 em gestantes e 83 de sífilis congênita.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, os números reforçam a necessidade de conscientizar a população. “A sífilis é uma doença que tem cura, e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS. Nosso compromisso é fortalecer as ações de prevenção e estimular que as pessoas busquem os testes rápidos disponíveis em nossas unidades de saúde, pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento e menor é o risco de complicações”, destacou.

Como parte da resposta ao avanço da doença, Goiânia participa do Outubro Verde, campanha nacional de mobilização contra a sífilis adquirida e a congênita. A iniciativa busca ampliar a informação sobre formas de transmissão, sintomas e consequências, além de incentivar o uso de preservativos e alertar para os riscos da transmissão de mãe para bebê. Quando não tratada, a infecção durante a gestação pode causar aborto, parto prematuro, malformações ou até a morte do recém-nascido.

Para a gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis (Gedat), Jennifer Caetano, é fundamental integrar esforços. “Estamos atuando junto às equipes da atenção básica, vigilância e atenção especializada. É essencial que gestantes realizem o pré-natal de forma adequada, e evitem a transmissão vertical, que pode ocorrer durante a gestação, o parto ou a amamentação”, explicou.

A SMS ressalta que o combate à sífilis depende da participação de toda a população. A testagem regular, o uso de preservativos e a adesão ao tratamento adequado são considerados os principais caminhos para interromper a cadeia de transmissão.

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