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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Queimadas

Número de incêndios em Goiás cresce 76% nas duas primeiras semanas de outubro

Estado registrou 798 focos nas duas primeiras semanas do mês. Regiões norte, nordeste e oeste tiveram alta expressiva, enquanto o sul e sudoeste apresentaram queda

Micael Silvapor Micael Silva em 15 de outubro de 2025
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Foto: Divulgação/CBMGO

O número de incêndios em Goiás nas duas primeiras semanas de outubro de 2025 é 76% maior do que no mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), foram registrados 798 focos de queimadas até o momento. Apesar do aumento no total de ocorrências, a distribuição regional dos incêndios mudou de forma significativa em relação a 2024.

Regiões com queda e regiões em alta

Segundo o Cimehgo, os municípios das regiões Sudoeste e Sul, que lideraram o ranking de queimadas no ano passado, apresentaram queda expressiva neste início de mês. Em contrapartida, as regiões Norte, Nordeste e Oeste registraram alta acentuada no número de focos, tornando-se as áreas mais afetadas neste ano.

O capitão Lucas Maciel dos Reis Silva, do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, explica que as condições climáticas influenciaram diretamente essa mudança e também as estratégias de combate adotadas pela corporação.

“Na região nordeste, por exemplo, há muitas áreas de preservação ambiental com relevos acentuados, o que dificulta o acesso das equipes aos locais atingidos”, destacou o oficial.

Municípios mais afetados e causas predominantes

Até o momento, os municípios mais atingidos pelas queimadas são Cavalcante, Mambaí e Niquelândia, localizados principalmente no Nordeste goiano.

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Foto: Divulgação/ICMBio

De acordo com o capitão Lucas Maciel, a maioria dos incêndios registrados no estado teve origem criminosa, provocada por ação humana intencional. Esse fator, aliado às condições climáticas adversas, tem agravado o impacto ambiental e econômico das queimadas em Goiás.

Condições climáticas influenciam o combate ao fogo

As variações de clima e relevo têm sido determinantes na atuação das equipes de combate. Regiões mais úmidas ou com vegetação densa apresentam maior dificuldade de controle das chamas, enquanto áreas de campo aberto e seca intensa favorecem a propagação rápida do fogo.

O Corpo de Bombeiros informou que segue atuando com reforço de brigadistas e monitoramento contínuo em áreas críticas, com o apoio de órgãos ambientais estaduais e municipais.

Expectativa de chuva traz alívio

A previsão do Cimehgo aponta que, a partir da segunda quinzena de outubro, o retorno das chuvas deve reduzir o número de focos ativos no estado. Com a umidade do ar mais elevada, a tendência é de melhora nas condições ambientais e maior controle das queimadas nas regiões mais atingidas.

“A chuva deve ajudar a estabilizar a situação e facilitar o trabalho das equipes em campo”, reforçou o capitão Lucas Maciel.

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