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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Operação Falsa Frequência

Influencer com mais de 20 mil seguidores usava conta para atrair vítimas de fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro, em Minas e Goiás

A Operação prendeu suspeitos e bloqueou contas usadas para movimentar dinheiro obtido em golpes digitais.

Eduarda Leitepor Eduarda Leite em 22 de outubro de 2025
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PCGO desarticula grupo especializado em lavagem de dinheiro (Foto: Edição/ O Hoje/ PCGO)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia de Defraudações de São Sebastião do Paraíso, com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), deflagrou, nesta quarta-feira (22/10), a Operação Falsa Frequência, nos municípios de Goiânia e Trindade, para combater um grupo envolvido em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.

Durante a ação, foram cumpridos três mandados de prisão temporária, cinco mandados de busca e apreensão e determinado o bloqueio judicial de 21 contas bancárias utilizadas para movimentar o dinheiro proveniente dos golpes.

As investigações começaram após uma moradora de São Sebastião do Paraíso (MG) ser vítima de um golpe de clonagem de WhatsApp, em maio de 2022. A vítima foi induzida a transferir mais de R$ 4 mil, acreditando conversar com a irmã. O dinheiro foi rastreado até a conta de uma mulher de 28 anos, residente em Trindade (GO), que confessou ter emprestado seus dados bancários em troca de 10% do valor de cada golpe.

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Operação Falsa Frequência desarticula sistema de lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução/ PCGO)

Influencer utilizava conta para conseguir vítimas para lavagem de dinheiro

Com base nessa prisão, os investigadores descobriram um esquema interestadual de estelionato digital, liderado por um DJ e influenciador digital de 22 anos. Ele utilizava um perfil com mais de 20 mil seguidores no Instagram para recrutar pessoas dispostas a ceder suas contas bancárias, usadas na circulação do dinheiro ilícito.

Uma mulher de 26 anos era responsável por recolher o dinheiro sacado pelos intermediários e repassá-lo aos líderes do grupo. As apurações indicam que os valores eram distribuídos entre diversas contas para ocultar a origem do dinheiro, caracterizando o crime de lavagem de capitais.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos celulares que serão encaminhados para análise pela Perícia Criminal e Inspetoria de Investigadores.

Segundo o delegado Rafael Gomes, responsável pelo caso, “A Operação Falsa Frequência é uma resposta da Polícia Civil de Minas Gerais ao avanço das fraudes eletrônicas e demonstra a eficiência da investigação financeira e da cooperação entre as polícias de Minas e Goiás.”

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Delegado Rafael Gomes fala sobre desarticulação do esquema de lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução/ PCGO)

Os suspeitos foram encaminhados a unidades prisionais de Goiás, e as investigações continuam para identificar novos integrantes e rastrear o destino do capital movimentado pelo grupo.

A PCMG alerta a população para redobrar a atenção antes de realizar qualquer transferência de dinheiro por aplicativos de mensagem, confirmando sempre a identidade do solicitante.

 

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