Justiça intima viúva de Cid Moreira em processo sobre movimentação ilegal de R$ 100 milhões
Herdeiros de Cid pedem bloqueio de bens e perícia sobre documentos assinados pelo jornalista
A Justiça do Rio de Janeiro intimou Maria de Fátima Sampaio Moreira, viúva do jornalista Cid Moreira, a apresentar defesa em uma ação rescisória movida pelos filhos do apresentador, Roger e Rodrigo Moreira. A decisão foi expedida nesta quinta-feira (23), e o prazo para manifestação é de 30 dias.
Os herdeiros pedem a anulação de uma sentença de 2024 que havia negado o pedido de interdição de Cid Moreira. Na ocasião, a Justiça entendeu que o comunicador, então com 94 anos, mantinha plena capacidade de administrar seus próprios atos. No entanto, segundo os filhos, a viúva teria realizado movimentações financeiras expressivas logo após a decisão.
Processo contra viúva de Cid Moreira
De acordo com o processo, Maria de Fátima teria feito doações de veículos, transferências bancárias e outras operações consideradas de alto valor. Os filhos afirmam que as movimentações ultrapassam R$ 100 milhões. Eles também pedem o bloqueio cautelar de bens e valores da viúva, para evitar prejuízos ao espólio de Cid Moreira.

Os advogados de Roger e Rodrigo também solicitaram uma perícia especializada para verificar se o jornalista estava em condições de assinar documentos no período em que as transações foram realizadas. Há a suspeita de que algumas assinaturas possam ter sido falsificadas.
O processo, que corre em segredo de Justiça, busca reavaliar decisões anteriores e garantir a preservação do patrimônio deixado pelo comunicador. O Tribunal de Justiça do Rio informou que a intimação foi devidamente expedida e que o prazo de resposta já está em andamento.
Cid Moreira, que morreu em 2024, foi um dos principais nomes do telejornalismo brasileiro. Ele apresentou o Jornal Nacional, da TV Globo, por mais de duas décadas e se tornou uma das vozes mais conhecidas da televisão no país.