A edição de 2026 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) trará uma mudança significativa para os estudantes que buscam uma vaga em universidades públicas. A partir do próximo ano, será possível utilizar as notas das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 2023, 2024 e 2025 — no momento da inscrição e classificação dos candidatos. A medida inédita está prevista no Edital nº 22/2025, publicado no Diário Oficial da União de 20 de outubro e também disponível na página oficial do Sisu.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o sistema considerará automaticamente a melhor média ponderada entre as três edições do Enem, conforme o curso escolhido pelo candidato. A regra vale apenas para quem prestou o exame como participante regular, não será permitido o uso da nota de quem realizou a prova na condição de treineiro.

A inovação foi incluída no edital de adesão das instituições de ensino superior ao Sistema Unificado de 2026, que começa na próxima segunda-feira (27) e segue até 28 de novembro. As universidades e institutos federais devem preencher o termo de adesão por meio da plataforma Sisu Gestão, informando os cursos e as condições de participação. Durante o período de adesão, as instituições poderão reabrir o termo já assinado para realizar ajustes, caso necessário.

Como funciona o Sisu

Criado para democratizar o ingresso nas universidades públicas, ele permite que o candidato concorra gratuitamente, com uma única inscrição, a vagas em diversas instituições, utilizando a nota do Enem. O sistema é considerado uma das principais portas de entrada para o ensino superior no País.

Desde 2024, o processo seletivo passou a ser realizado em edição única anual, permitindo que as instituições ofertem vagas tanto para o primeiro quanto para o segundo semestre letivo. Em 2025, o sistema ofertou 261.779 vagas em 6.851 cursos de graduação de 124 instituições públicas. Segundo dados do MEC, foram 254,8 mil candidatos aprovados, sendo 128 mil na ampla concorrência, 111 mil nas cotas e 14 mil nas ações afirmativas próprias das universidades.

Com a nova regra, o MEC espera aumentar as chances de ingresso dos estudantes e tornar o processo mais justo e abrangente, permitindo que notas anteriores ainda válidas sejam aproveitadas. 

A expectativa é de que a medida também reduza a pressão sobre os candidatos e incentive uma participação mais qualificada no Enem, já que o desempenho poderá ter valor por três anos consecutivos.

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