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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
MAIOR AÇÃO DA HISTÓRIA NO RJ

Megaoperação no Rio contra o Comando Vermelho deixa 64 mortos e 81 presos

Entre os mortos estão quatro policiais — dois civis e dois militares

Micael Silvapor Micael Silva em 28 de outubro de 2025
Megaoperação
Foto: Reprodução

Pelo menos 64 pessoas morreram durante a megaoperação contra o Comando Vermelho, deflagrada na manhã desta terça-feira (28/10) no Rio de Janeiro. A ação, considerada a mais letal da história recente do estado, teve 2,5 mil agentes de segurança atuando nos complexos do Alemão e da Penha. Entre os mortos, estão quatro policiais — dois civis e dois militares.

Confrontos e balanço da operação

De acordo com as forças de segurança, os criminosos reagiram à ofensiva com barricadas, drones, bombas e tiros. Até o momento, 81 pessoas foram presas, e 75 fuzis foram apreendidos, além de munições e granadas.

A operação tinha como objetivo conter o avanço territorial da facção e cumprir mandados contra chefes do tráfico do Rio e de outros estados.

Policiais mortos

Entre as vítimas estão os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51 anos — conhecido como Máskara —, chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34, da 39ª DP (Pavuna).

Megaoperação
Dois policiais civis morreram na operação contra o Comando Vermelho

Os policiais militares mortos foram Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, ambos integrantes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Governador critica falta de apoio federal

Durante coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que não solicitou apoio ao governo federal para a operação porque três pedidos anteriores de uso de blindados foram negados.

“Tivemos pedidos negados três vezes. Para emprestar o blindado, tinha que ter GLO (Garantia da Lei e da Ordem), e o presidente é contra a GLO. Cada dia é uma razão para não colaborar”, declarou o governador.

Castro também disse que o estado “faz a sua parte”, mas defendeu maior integração com as forças federais.

Drones e bombas contra a polícia

Segundo o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), traficantes lançaram bombas por drones contra agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil.
A ação foi monitorada em tempo real pelas forças de segurança instaladas na Cidade Nova.

Prisão de líder do Comando Vermelho

Durante a coletiva, o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, confirmou a prisão de Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo.
Ele é apontado como braço direito de Edgard Alves de Andrade, o “Doca”, uma das principais lideranças do Comando Vermelho.
Belão comandava o Morro do Quitungo, na Penha, e é investigado por tráfico de drogas, comércio de armas e confrontos com facções rivais.

Ação e denúncias

A operação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão expedidos pela 42ª Vara Criminal da Capital, com apoio do Gaeco (MPRJ), Bope, Core e Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI).
O Ministério Público denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico, e três por tortura.

Segundo o MP, o Complexo da Penha se tornou uma das principais bases do Comando Vermelho, pela localização estratégica para o escoamento de drogas e armas.
O grupo é liderado por Edgard Alves de Andrade, o Doca, e outros nomes como Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington Cesar Braga da Silva (Grandão).

Eles são acusados de organizar a venda de drogas, determinar escalas de vigilância, emitir ordens de execução e coordenar a contabilidade do tráfico.

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