Goiás registra mortes de 4 foragidos do Comando Vermelho após megaoperação
Ao menos 25 suspeitos mortos em ação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho eram de outros estados, segundo as secretarias de Segurança
Goiás registrou a morte de quatro foragidos ligados ao Comando Vermelho durante a megaoperação deflagrada pelas polícias do Rio de Janeiro nesta semana. A ação, considerada a mais letal da história fluminense, deixou ao menos 121 mortos, ultrapassando o massacre do Carandiru, em São Paulo. Segundo as autoridades, os suspeitos mortos em Goiás foram identificados como Éder Alves de Souza, Marcos Vinícius da Silva Lima, Adan Pablo Alves de Oliveira e Rafael Resende Ferreira.
As secretarias estaduais de Segurança confirmaram que ao menos 25 suspeitos mortos na operação no Rio eram de outros estados, incluindo Pará, Ceará, Espírito Santo, Goiás e Bahia. Todos os mortos eram apontados como membros do Comando Vermelho, organização criminosa com atuação nacional.
O Pará lidera a lista, com 15 suspeitos mortos e cinco presos no Rio de Janeiro. Segundo o secretário de Segurança paraense, Ualame Machado, os alvos tinham “alta relevância na organização criminosa e determinavam extorsões de comerciantes e ataques a viaturas policiais”.
Em Goiás, os quatro mortos eram considerados foragidos da Justiça. As autoridades informaram que eles mantinham vínculos diretos com o Comando Vermelho e atuavam na coordenação de crimes interestaduais.
Operação contra o Comando Vermelho é considerada a mais letal da história do Rio
A Polícia Civil do Rio também divulgou que 33 dos 113 presos durante a operação são de outros estados, além de dez adolescentes apreendidos.
A megaoperação se tornou a mais letal da história do Rio, com 121 mortos. Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte, relataram que ao menos 70 corpos foram recuperados na manhã seguinte à ação. O Instituto Médico-Legal (IML) foi fechado temporariamente para receber apenas os corpos das vítimas da operação.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Felipe Curi, afirmou que a Polícia Civil abriu inquérito para investigar a retirada de corpos da mata por moradores. As pessoas que participaram dessa ação serão investigadas por fraude processual, sob suspeita de terem retirado as vestes camufladas dos mortos antes da chegada das equipes oficiais.