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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Lula e Alok estão entre os 100 mais influentes do clima

Revista Time incluiu o presidente, um artista, uma cientista, um prefeito e um diplomata em lista global que celebra lideranças que atuam pela agenda ambiental e contra as mudanças climáticas.

Bia Salespor Bia Sales em 31 de outubro de 2025
Clima - Alok
(Imagem: Gabriel Wickbold)

O Brasil marcou presença de peso na lista dos 100 líderes climáticos mais influentes do mundo, publicada nesta quinta-feira (30) pela revista Time. O ranking reúne personalidades de várias áreas — da política à ciência, passando pela cultura e pela diplomacia — que se destacaram em ações voltadas ao combate às mudanças climáticas.

Entre os nomes brasileiros reconhecidos estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o DJ Alok, a pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o embaixador André Corrêa do Lago, que preside o comitê da COP30, conferência climática da ONU marcada para 2025 em Belém (PA).

Reconhecimento global

Clima - Lula
. Para a Time, Lula simboliza o retorno do Brasil à diplomacia climática. (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

A presença dos cinco brasileiros reflete o papel que o país tenta reassumir no debate ambiental global, especialmente às vésperas da COP30. Para a Time, Lula simboliza o retorno do Brasil à diplomacia climática, com medidas de combate ao desmatamento e o compromisso de sediar a conferência na Amazônia.

O diplomata André Corrêa do Lago foi lembrado por sua atuação estratégica na diplomacia internacional, costurando acordos e mobilizando países em torno de metas climáticas mais ambiciosas.

Já a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa, aparece como representante da ciência e da agricultura sustentável. Ela é reconhecida por pesquisas que reduziram o uso de fertilizantes nitrogenados e ajudaram a diminuir as emissões de gases de efeito estufa no campo brasileiro.

Na gestão pública, Eduardo Paes foi citado como exemplo de liderança local que aposta em soluções urbanas sustentáveis, com investimentos em transporte limpo e políticas de adaptação climática no Rio de Janeiro.

Fechando a lista brasileira, o DJ Alok chamou atenção por usar sua visibilidade global para promover causas ambientais e indígenas. A Time destacou que o artista tem direcionado parte dos lucros de sua carreira para projetos de energia solar e iniciativas de preservação na Amazônia, além de levar a pauta climática para o público jovem.

Críticas e desafios

Apesar do reconhecimento, a reportagem também aponta contradições e desafios. No caso do governo brasileiro, as metas de redução de emissões ainda enfrentam obstáculos diante da pressão por exploração de petróleo e gás.

A Time ressalta que o prestígio internacional deve vir acompanhado de resultados concretos, como a redução efetiva do desmatamento e o fortalecimento das comunidades amazônicas.

Para os especialistas ouvidos, o fato de o Brasil concentrar diferentes tipos de liderança climática — de um presidente a um DJ — é sinal de mudança de paradigma, mas ainda há um longo caminho até transformar prestígio em políticas sustentáveis permanentes.

COP30

O reconhecimento da Time chega em um momento de expectativa. Em 2025, o Brasil sediará a COP30, a maior conferência climática do planeta, em Belém.

O país será palco de debates decisivos sobre transição energética, justiça climática e financiamento internacional para países em desenvolvimento.
A escolha dos cinco brasileiros na lista reforça o protagonismo nacional nesse processo — e amplia a responsabilidade de entregar resultados concretos diante do olhar atento da comunidade internacional.

Alok e o meio ambiente

Alok, o DJ brasileiro mais ouvido no mundo, com mais de 7,3 bilhões de streams no Spotify, transformou sua música em um instrumento de defesa dos povos indígenas e da Amazônia, diz a Time. Após uma visita a comunidades amazônicas em 2014, criou o projeto The Future is Ancestral, álbum cocriado com oito povos indígenas e indicado ao Grammy Latino de 2024. Todas as receitas foram destinadas às comunidades participantes. Hoje, Alok colabora com a iniciativa NATURE, da ONU Live, que permite apoiar a biodiversidade amazônica apenas ouvindo música. “Para criar um futuro regenerativo, precisamos da sabedoria dos povos indígenas”, afirma.

Leia mais: Trump sinaliza fechamento de acordo comercial com o Brasil em encontro com Lula

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