Após uma semana desaparecida, assistente social retorna para casa e diz que foi mantida em cativeiro
Késia da Silva, de 32 anos, afirmou ter sido rendida, encapuzada e mantida sob ameaças por homens desconhecidos. Ela retornou sozinha para casa na madrugada desta sexta-feira (14), debilitada e com ferimentos
A assistente social Késia da Silva e Silva, de 32 anos, voltou para casa no Setor Recanto do Bosque, em Goiânia, na madrugada desta sexta-feira (14), após sete dias desaparecida. Ela relatou à TV Anhanguera que foi sequestrada, encapuzada e agredida por homens que a abordaram quando retornava do supermercado — após uma parada em um bar — no dia em que sumiu.
Késia chegou sozinha à residência por volta das 5h30, a pé e ainda vestindo o mesmo vestido amarelo do dia do desaparecimento. Segundo contou, estava desorientada, extremamente fragilizada e com ferimentos pelo corpo.
“Hoje que eu vim ter noção de dia e de noite. Eu estava encapuzada. Infelizmente, estou machucada. Me machucaram muito”, disse.
Relato: pão, água e agressões
Durante o período em que permaneceu com os suspeitos, Késia contou que se alimentou apenas de pão e um pouco de água. Ela afirmou ter sido ameaçada e agredida inúmeras vezes.
“Eu pedi muito a Deus para que me deixassem voltar para casa e Deus me ouviu”, relatou, emocionada.
A assistente social diz esperar que os responsáveis sejam identificados: “Que achem os culpados para eu poder viver melhor, conseguir sair desse trauma”.
Reconhecimento do local e retorno a pé
A volta para casa aconteceu após ela ser deixada em um local desconhecido. Durante o trajeto, reconheceu um ponto familiar: um pé de caju que fica próximo à residência.

“Eu vi uma casa que tem um pé de caju, que eu sempre passo na frente, e aí falei: ‘Nossa, tô perto de casa’. Foi quando consegui voltar”, explicou.
O retorno trouxe alívio para familiares, especialmente para sua irmã de criação, Aline Anselmo, de quem Késia é a principal cuidadora.
Polícia investiga e realiza exames periciais
A Polícia Civil, por meio do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID), investiga o caso. Após retornar, Késia prestou depoimento e foi encaminhada para exames no Instituto Médico Legal (IML) e no Instituto de Criminalística, onde passou por avaliação de corpo de delito.
As investigações seguem para esclarecer as circunstâncias do desaparecimento, identificar os envolvidos e verificar a dinâmica do possível sequestro.