Anvisa suspende canetas emagrecedoras irregulares vendidas pela internet em todo o Brasil
Agência veta comercialização de canetas emagrecedoras irregulares anunciadas online
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou a suspensão da circulação de canetas emagrecedoras comercializadas de forma irregular pela internet. A decisão passou a valer em todo o território nacional. A medida alcança produtos que não possuem registro sanitário no Brasil. Portanto, ficam proibidas a fabricação, a importação, a comercialização e a divulgação desses itens.
Entre os produtos listados pela Anvisa estão T.G. 5, Lipoless, Lipoless Eticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar. Segundo a agência, essas canetas eram amplamente anunciadas em plataformas digitais e redes sociais. Ainda assim, não atendiam às normas sanitárias exigidas. Ou seja, não apresentavam comprovação de qualidade, eficácia ou segurança.

A Anvisa identificou aumento da oferta desses produtos durante o mês de novembro de 2025. Sendo assim, a decisão foi tomada após a constatação do crescimento de evidências de propaganda e venda irregulares. Além disso, os itens eram divulgados como agonistas de GLP-1, hormônio relacionado ao controle do apetite, com finalidade estética.
Explicação sobre a irregularidade nas canetas
De acordo com a agência, a ausência de registro sanitário impede o monitoramento e a rastreabilidade dos produtos. Isso significa que, em caso de efeitos adversos, não há responsável técnico legalmente constituído para responder pelo acompanhamento do paciente. Por conseguinte, há risco potencial à saúde dos consumidores.

A proibição também abrange a importação desses produtos, inclusive para uso pessoal e mesmo mediante prescrição médica. A Anvisa ressaltou que rótulos e bulas em língua estrangeira dificultam a compreensão das informações pelo paciente. Consequentemente, podem ocorrer falhas na administração e no uso.
Em nota oficial, a agência informou que as medidas visam coibir o desvio de finalidade desses produtos e proteger a saúde pública. A princípio, a fiscalizadora reforça que somente medicamentos devidamente registrados e prescritos por profissionais habilitados devem ser utilizados. Dessa forma, a população deve verificar a regularidade do produto antes da compra e evitar aquisições em canais não autorizados.
Por fim, a Anvisa mantém o alerta quanto à comercialização irregular de medicamentos pela internet e destaca que o controle sanitário é essencial para garantir a segurança dos consumidores.