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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
NOVA REGRA EM VIGOR

Pix: saiba como vai funcionar devolução do dinheiro em caso de golpe

Nova regra amplia o rastreamento do dinheiro e permite a devolução mesmo após o valor ser transferido para outras contas

Bia Salespor Bia Sales em 25 de novembro de 2025
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Por enquanto, o uso do mecanismo ainda é opcional para bancos e instituições de pagamento, mas se tornará obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026. (Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil)

Já está em vigor a nova regra do Banco Central que facilita a devolução de transferências feitas por Pix em casos de fraude ou operações indevidas. A mudança reforça o combate a golpistas e amplia a capacidade dos bancos de rastrear o caminho do dinheiro após a movimentação inicial.

A ferramenta responsável por esse processo é o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021, mas agora fortalecido. O MED permite rastrear valores mesmo quando os golpistas realizam novas transferências para tentar mascarar a origem do dinheiro — uma prática comum para dificultar o bloqueio. Por enquanto, o uso do mecanismo ainda é opcional para bancos e instituições de pagamento, mas se tornará obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026.

Como funcionava antes

Até então, a devolução só podia ser feita a partir da conta que recebeu o Pix fraudulento. Isso dificultava a recuperação do dinheiro, porque golpistas costumam esvaziar rapidamente a conta inicial, transferindo os valores para outras em poucos minutos. Quando o cliente percebia o golpe, fazia a contestação e solicitava a devolução, a conta já estava sem saldo — e o processo não avançava.

O que muda agora

Com a nova regra, a devolução passa a ser possível a partir de outras contas para onde o valor fraudado tenha sido transferido, e não apenas daquela utilizada no golpe. As instituições financeiras envolvidas na cadeia de transações passam a compartilhar informações entre si, o que facilita o rastreamento completo do caminho do dinheiro.

Segundo o Banco Central, com essa integração, a devolução poderá ocorrer em até 11 dias após o pedido de contestação.

Quando o MED pode ser usado

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O Pix, que é hoje o instrumento mais utilizado, foi responsável por 50,9% das transações efetuadas no primeiro semestre de 2025. (Imagem: SOPA / GettyImages)

O mecanismo é aplicado somente em duas situações:

  • Fraudes comprovadas;
  • Erros operacionais da instituição financeira.

O MED não se aplica nos seguintes casos:

  • Desacordos comerciais entre comprador e vendedor;
  • Conflitos entre terceiros de boa-fé;
  • Envio de Pix para a pessoa errada por erro do próprio usuário (como digitar uma chave incorreta).

A expectativa do Banco Central é que a ampliação do MED aumente a segurança do sistema e reduza as perdas financeiras causadas por golpes, tornando o Pix — já amplamente utilizado no país — ainda mais confiável.

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