Geórgia arquiva processo movido contra Trump por tentativa de interferência nas eleições
Juiz aceita pedido e encerra 39 acusações por tentativa de interferência nas eleições 2020
A Justiça da Geórgia arquivou nesta quarta-feira (26) o processo contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por tentativa de interferência nas eleições de 2020. A decisão encerra a ação aberta após a derrota do republicano para o democrata Joe Biden no estado, considerado decisivo no pleito presidencial. Segundo o G1, documentos judiciais vistos pela Reuters, afirmam que um juiz estadual concordou em aceitar o pedido de arquivamento apresentado pelo promotor Peter Skandalakis, que havia solicitado o fim das 39 acusações contra Trump e aliados, afirmando que levar o caso adiante seria “improdutivo”.

Ele escreveu que “Reconheço que, dadas as profundas divisões políticas em nosso país, essa decisão não será popular para todos”, observação feita após assumir o caso no início do mês, quando substituiu a promotora do Condado de Fulton, Fani Willis, desqualificada no ano passado. Os demais processos relacionados já haviam sido arquivados ou paralisados em novembro de 2024, poucos dias depois de Trump ser eleito novamente para a Casa Branca.
Além disso, o presidente contava com imunidade parcial desde julho de 2024, após decisão da Suprema Corte dos EUA que determinou que ele não poderia ser responsabilizado criminalmente por atos oficiais cometidos enquanto estava no poder.
Tentiva de fraudar eleições de 2020 na Geórgia
Trump e outras 18 pessoas tinham sido acusados de extorsão por tentarem reverter o resultado das eleições de 2020 na Geórgia. A investigação começou em fevereiro de 2021, após o vazamento do áudio de um telefonema entre o norte-americano e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e principal autoridade eleitoral do estado.
O processo também foi marcado por tentativas da defesa de desqualificar Fani Willis por um suposto relacionamento com Nathan Wade, promotor nomeado por ela. Neste ano, a Justiça autorizou Willis a permanecer no caso, mas determinou o afastamento de Wade, o que manteve a condução sob questionamento até o arquivamento definitivo.