Lula anuncia criação de universidades do Esporte e Indígena
Projeto de lei foi assinado no Planalto e prevê instituições instituições pensadas para ampliar inclusão, fortalecer a formação esportiva e garantir autonomia aos povos indígenas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quinta-feira (27), no Palácio do Planalto, os projetos de lei que instituem a Universidade Federal do Esporte e a Universidade Federal Indígena (Unind). As duas instituições, que terão sede em Brasília, seguem agora para análise do Congresso Nacional e integram a estratégia do governo para ampliar o acesso ao ensino superior público e promover políticas de inclusão.
“Hoje é mais um dia dessa semana em que a gente descobre como é possível governar um país fazendo as coisas que interessam a maioria das pessoas que moram no país e não atendendo interesses escusos que não são do interesse do país”, afirmou o presidente no início de seu discurso.
“Estamos vivendo o sonho de pagamento de dívida ao povo indígena. O Estado precisa servir aos indígenas, não se servir deles”, afirmou. “Em relação ao esporte, a mesma coisa. A gente não pode permitir que o esporte sobreviva por conta do miligre individual de cada um”, finalizou Lula.
A cerimônia ocorreu no Salão Nobre do Planalto, com presença de ministros, parlamentares, lideranças indígenas e representantes do setor esportivo. Ao lado do ministro da Educação Camilo Santana (PT), do Esporte André Fufuca (PP), ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL), Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (PT) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Segundo o ministro do Esporte, André Fufuca, a universidade do Esporte contemplará formações em diversas áreas ligadas à prática esportiva. “Vai ter curso de marketing esportivo, direito esportivo, medicina esportiva, para capacitar para serem grandes técnicos, preparadores e acima de tudo construir um futuro para o esporte nacional. Hoje é dia de celebração de Brasil”, afirmou Fufuca, durante cerimônia.
O também ministro Camilo Santana reconheceu a dependência do Congresso. “Vamos pedir muita ajuda dos nossos senadores e deputados para a gente poder aprovar o mais rápido possível”, garantiu, durante anúncio no Palácio do Planalto.
A criação das duas universidades – uma voltada a indígenas e outra à formação esportiva, exige aprovação legislativa e também a definição de orçamento, infraestrutura e quadro de pessoal. Os projetos estabelecem a formação de grupos técnicos interministeriais ao longo de 2026 para desenhar as instituições.
A Universidade Federal do Esporte será dedicada à formação profissional e acadêmica na área esportiva, enquanto a Universidade Federal Indígena terá foco na autonomia, na valorização cultural e na promoção de direitos dos povos originários. Segundo informações do Planalto, nos próximos quatro anos as instituições devem atender cerca de 3 mil estudantes no campo esportivo e 2,8 mil nas áreas voltadas às comunidades indígenas.
Para o governo, a criação das novas universidades simboliza um avanço na expansão da educação superior gratuita, reforçando políticas de equidade, diversidade e desenvolvimento humano.