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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
FORAGIDO

Polícia Civil cumpre prisão de homem condenado por homicídio planejado há 27 anos em Açailândia

A prisão encerra uma longa espera por justiça no caso do assassinato de sua esposa, ocorrido em 16 de março de 1996, no município de Açailândia, no Maranhão

Caroline Gonçalvespor Caroline Gonçalves em 29 de novembro de 2025
Prisão
Ação integrada entre unidades policiais de Goiás e Maranhão permitiu a prisão de condenado por homicídio qualificado cometido em 1996 Foto: Divulgação/PC-GO

A prisão de um homem condenado por um homicídio qualificado cometido há 27 anos foi realizada pela Polícia Civil de Goiás na manhã da última sexta-feira (28). A prisão foi cumprida por equipes da Delegacia de Goianésia, por meio do Cartório de Investigação Cibernética da 15ª Delegacia Regional de Polícia, após um trabalho minucioso de troca de informações e cooperação entre diferentes unidades policiais.

O homem, que estava foragido há décadas, foi encontrado na Fazenda Chão Nativo, localizada na zona rural de Barro Alto, onde tentava manter uma vida discreta. A prisão encerra uma longa espera por justiça no caso do assassinato de sua esposa, ocorrido em 16 de março de 1996, no município de Açailândia, no Maranhão.

Segundo as investigações, o crime foi inteiramente planejado pelo autor. A motivação do homicídio, conforme apontado no processo, estava relacionada ao desejo do condenado de viver com a amante. A prisão realizada agora confirma a gravidade do caso que, na época, chocou a comunidade local pela frieza e pela premeditação.

O autor levou a vítima, sua esposa, para um passeio, simulando uma situação comum, mas já havia organizado a emboscada. Durante o trajeto, o casal foi surpreendido por três executores contratados especialmente para cometer o crime, que realizaram disparos de arma de fogo contra a mulher.

A partir dos depoimentos colhidos e das provas reunidas, ficou comprovado que o homicídio foi articulado com antecedência. A prisão atual só reforça aquilo que o Tribunal do Júri já havia concluído: o autor contou com o apoio de um comparsa, responsável por fazer a ponte com um intermediário que negociou a execução por um valor total de R$ 6 mil.

As tentativas iniciais de matar a vítima não tiveram êxito, levando o autor a decidir que ele mesmo facilitaria a abordagem final. Assim, ele conduziu a esposa até um local propício para a ação dos executores. Dias depois, o corpo da vítima foi encontrado em uma área de matagal, e a perícia confirmou que ela foi morta por disparos de arma de fogo.

Como ocorreu a prisão

O julgamento ocorreu na 1ª Vara Criminal de Açailândia, onde o autor foi condenado a 18 anos e 8 meses de reclusão por homicídio qualificado. Durante o processo, ele confessou o crime, o que reforçou ainda mais o peso das provas apresentadas. Mesmo após a condenação definitiva, ele fugiu e conseguiu se esconder por muitos anos, evitando o cumprimento da pena. A prisão em Goiás, portanto, representa um desfecho esperado há muito tempo por todos envolvidos no caso.

A Polícia Civil destacou que a prisão só foi possível devido ao compartilhamento eficaz de informações entre diferentes unidades. O Cartório de Investigação Cibernética de Goianésia, o CAOP da 3ª DRP de Anápolis e a Polícia Civil do Maranhão trabalharam de forma coordenada para rastrear movimentações e identificar o local onde o condenado estava escondido. Esse esforço conjunto demonstra a importância da integração entre forças de segurança na localização de foragidos que tentam se esconder em áreas rurais ou afastadas.

Com a prisão cumprida, o autor será encaminhado para o sistema prisional para iniciar o cumprimento da pena determinada pelo Tribunal do Júri. A Polícia Civil reforçou que continuará atuando para garantir que todos os condenados cumpram suas penas, mesmo após longos períodos de fuga.

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