Polícia Civil cumpre prisão de homem condenado por homicídio planejado há 27 anos em Açailândia
A prisão encerra uma longa espera por justiça no caso do assassinato de sua esposa, ocorrido em 16 de março de 1996, no município de Açailândia, no Maranhão
A prisão de um homem condenado por um homicídio qualificado cometido há 27 anos foi realizada pela Polícia Civil de Goiás na manhã da última sexta-feira (28). A prisão foi cumprida por equipes da Delegacia de Goianésia, por meio do Cartório de Investigação Cibernética da 15ª Delegacia Regional de Polícia, após um trabalho minucioso de troca de informações e cooperação entre diferentes unidades policiais.
O homem, que estava foragido há décadas, foi encontrado na Fazenda Chão Nativo, localizada na zona rural de Barro Alto, onde tentava manter uma vida discreta. A prisão encerra uma longa espera por justiça no caso do assassinato de sua esposa, ocorrido em 16 de março de 1996, no município de Açailândia, no Maranhão.
Segundo as investigações, o crime foi inteiramente planejado pelo autor. A motivação do homicídio, conforme apontado no processo, estava relacionada ao desejo do condenado de viver com a amante. A prisão realizada agora confirma a gravidade do caso que, na época, chocou a comunidade local pela frieza e pela premeditação.
O autor levou a vítima, sua esposa, para um passeio, simulando uma situação comum, mas já havia organizado a emboscada. Durante o trajeto, o casal foi surpreendido por três executores contratados especialmente para cometer o crime, que realizaram disparos de arma de fogo contra a mulher.
A partir dos depoimentos colhidos e das provas reunidas, ficou comprovado que o homicídio foi articulado com antecedência. A prisão atual só reforça aquilo que o Tribunal do Júri já havia concluído: o autor contou com o apoio de um comparsa, responsável por fazer a ponte com um intermediário que negociou a execução por um valor total de R$ 6 mil.
As tentativas iniciais de matar a vítima não tiveram êxito, levando o autor a decidir que ele mesmo facilitaria a abordagem final. Assim, ele conduziu a esposa até um local propício para a ação dos executores. Dias depois, o corpo da vítima foi encontrado em uma área de matagal, e a perícia confirmou que ela foi morta por disparos de arma de fogo.
Como ocorreu a prisão
O julgamento ocorreu na 1ª Vara Criminal de Açailândia, onde o autor foi condenado a 18 anos e 8 meses de reclusão por homicídio qualificado. Durante o processo, ele confessou o crime, o que reforçou ainda mais o peso das provas apresentadas. Mesmo após a condenação definitiva, ele fugiu e conseguiu se esconder por muitos anos, evitando o cumprimento da pena. A prisão em Goiás, portanto, representa um desfecho esperado há muito tempo por todos envolvidos no caso.
A Polícia Civil destacou que a prisão só foi possível devido ao compartilhamento eficaz de informações entre diferentes unidades. O Cartório de Investigação Cibernética de Goianésia, o CAOP da 3ª DRP de Anápolis e a Polícia Civil do Maranhão trabalharam de forma coordenada para rastrear movimentações e identificar o local onde o condenado estava escondido. Esse esforço conjunto demonstra a importância da integração entre forças de segurança na localização de foragidos que tentam se esconder em áreas rurais ou afastadas.
Com a prisão cumprida, o autor será encaminhado para o sistema prisional para iniciar o cumprimento da pena determinada pelo Tribunal do Júri. A Polícia Civil reforçou que continuará atuando para garantir que todos os condenados cumpram suas penas, mesmo após longos períodos de fuga.