O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu, nesta quinta-feira (4/12), a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e da filha, Laura, na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro por determinação de prisão preventiva. Foi a terceira vez que a esposa o visitou no local e a primeira em que a filha esteve com o pai após sua detenção.

De acordo com informações oficiais, esta foi a terceira visita de Michelle ao local. Já para Laura, que completou 15 anos em outubro, foi a primeira oportunidade de ver o pai desde que ele foi detido. O encontro durou cerca de 30 minutos.

Ao deixar a PF, mãe e filha saíram sem conversar com a imprensa. Na chegada, Michelle carregava uma Bíblia nas mãos e usava uma camiseta em homenagem a Israel, chamando a atenção de quem acompanhava o movimento em frente ao prédio.

Visita ocorre após crise interna no PL e troca de farpas entre Michelle e os filhos de Bolsonaro sobre alianças no Ceará

A visita desta quinta-feira também é simbólica por ser a primeira de Michelle após a troca de farpas públicas com os filhos de Bolsonaro, motivada por possíveis alianças do PL no Ceará. A ex-primeira-dama criticou, nas redes sociais, a possibilidade de apoio do partido ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo estadual. Em resposta, o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro divulgaram nota conjunta afirmando que as conversas com Ciro tinham aval do próprio Jair Bolsonaro.

Depois do desgaste, Flávio declarou, na última terça-feira (2/12), que a situação teria sido superada após uma conversa reservada com Michelle, na qual ambos pediram desculpas. Ele ponderou ainda que divergências internas devem ser tratadas nos bastidores, e não em público, como ocorreu no episódio recente.

Também estava prevista para esta quinta-feira uma visita de Carlos Bolsonaro ao pai. No entanto, a defesa do vereador pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a mudança da data do encontro para o próximo domingo (7/12), dia do aniversário de Carlos. O pedido foi negado, uma vez que os dias autorizados para visitas ao ex-presidente são às terças e quintas-feiras.

No documento enviado ao relator, os advogados de Bolsonaro argumentaram que a visita já havia sido autorizada, mas que seria necessário ajustar o calendário porque Carlos tinha uma viagem marcada para Chapecó (SC) na última terça-feira, o que inviabilizaria sua presença na data inicialmente prevista.