Blindagem do Master deixa partidos de esquerda no DF falando sozinhos
Por maior esforço que façam os partidos de esquerda no Distrito Federal, principalmente o PT e o PSB, para ‘colar’ no governador Ibaneis Rocha (MDB) selo de responsabilidade pelo negócio entre o Banco Regional de Brasília (BRB) e o Master, de Daniel Vorcaro, continuam falando sozinhos e para os convertidos. Agora é que não terão muitos argumentos, pois o ministro do STF, Dias Toffoli, decretou “elevado grau de sigilo aos atos processuais” sobre o assunto. Em linguagem simples, o sistema blindou qualquer especulação sobre a falência do Master e a frustrada negociação com o BRB, afinal, tem muita gente graúda envolvida no escândalo.
Pelo divulgado na imprensa, o que não faltam são envolvidos, seja em maior ou menor escala, mas o cerne do enrosco são as lideranças políticas que deram um “empurrãozinho” na ascensão meteórica de Daniel Vorcaro no mundo das finanças. O arco ideológico dos envolvidos, começa pela esquerda, direita, centro ou por meros oportunistas de ocasião. Somam-se ao desfile de “notáveis” figuras da República, bancas de advocacia que, só para ter uma consulta no escritório, não fica por menos de R$ 100 mil. Por isso, a tentativa de instalar CPI na Câmara Legislativa ou na Federal, como desejam o PT do DF e o PSB, tende a “morrer na praia”. Embora o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) insista em dizer que já tem assinaturas suficientes para ser instalada, nem mesmo a esquerda acredita que ela avance.
Por sua vez, o governador Ibaneis Rocha deu o assunto por encerrado no campo político e que a discussão agora é com a Justiça e o Banco Central. Quanto à vice-governadora Celina Leão, sua participação nas negociações foi zero, até porque ela tem um contencioso com o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Portanto, por mais que batam bumbo, os adversários políticos querem mesmo é ‘sangrar’ a gestão Ibaneis porque, até agora, não existe nada de concreto que ‘grude’ no governador.
Magela precisa renovar narrativas
Geraldo Magela é uma das figuras mais respeitadas no PT do Distrito Federal e no nacional. Sua história de lutas na oposição até os adversários reconhecem como ponto louvável no PT do DF. O problema é que as narrativas de Magela na construção de falas oposicionistas estão defasadas e com conceitos dos anos 1990. Dizer que a “cada semana, a cada mês e a cada ano, aparece uma denúncia nova de corrupção” não convence nem a velha militância. Ele precisa falar para os jovens, mostrar com provas o que diz, pois só na narrativa não convence a massa, a não ser os que já votaram nele.
Denúncias vazias
Em recente vídeo postado nas redes sociais, ele enumera um rosário de denúncias que não empolga ninguém. “O pior de tudo foi o escândalo no sistema financeiro nacional, com desvios de R$ 12 bilhões do BRB.” Conclui o vídeo dizendo que “ele [Ibaneis] precisa ser investigado e, se for culpado, punido. Eu tenho a convicção que toda a responsabilidade é do governador Ibaneis Rocha, por isso ele precisa ser afastado do governo”. Pura narrativa que não convence a população.
Contrato estranho
O radialista de Rio Verde, Costa Filho, da Rádio Morada do Sol FM, denunciou que o prefeito de Montividiu, Edson Bueno Coutinho, celebrou um contrato no valor de R$ 20 mil por mês com uma empresa que está no nome da prefeita de Iporá (pasmem!), Maysa Cunha. O radialista pergunta: “Contrato entre prefeitos para fazer o quê?”. Com a palavra os prefeitos Coutinho e Maysa.
Geneilton obreiro
Aos poucos, o prefeito de Jataí, Geneilton Assis (PL), comemora mais uma nova entrega de “importante trecho da rodovia municipal”. Nesta quarta-feira (3), ele afirmou que não é “todo dia que a gente entrega 10 quilômetros de asfalto em estradas municipais”. Ele lembrou a entrega recente de 22 km na JTI-401 e citou mais cerca de 28 km de outra JTI prontos, o que faz a gestão ultrapassar os 60 km de asfalto, compromisso deste primeiro ano de gestão.
Mais dúvidas que certeza – O anúncio de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro (PL), para ser o candidato a presidente da República dos bolsonaristas provocou mais dúvidas do que certezas sobre o futuro da direita em 2026. Muitos líderes acreditam que é apenas um balão de ensaio. A conferir.