O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou, nesta quinta-feira (18/12), o convite para que Gustavo Feliciano assuma o comando do Ministério do Turismo. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto. Feliciano aceitou a indicação e deve tomar posse na próxima semana, conforme informou o governo federal.

Durante a agenda no Planalto, Lula recebeu Gustavo Feliciano, o deputado federal Damião Feliciano (União-PB), pai do novo ministro, além do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Também participaram da reunião o deputado federal Pedro Lucas (União-MA), o deputado federal e ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho (União-MA) e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).

De acordo com o Planalto, a posse de Gustavo Feliciano está prevista para a próxima terça-feira (23/12). O ex-ministro do Turismo, Celso Sabino, não participou do encontro. Ainda assim, segundo o governo, o presidente Lula gravou um vídeo durante a reunião no qual fez elogios ao trabalho desenvolvido por Sabino à frente da pasta.

Reunião no Planalto e articulação política

Após o encontro, Lula, Hugo Motta, Gustavo Feliciano, Damião Feliciano, Gleisi Hoffmann e Juscelino Filho desceram ao térreo do Palácio do Planalto para visitar uma maquete do projeto de transposição do Rio São Francisco. Durante a visita, houve interação entre o presidente da República e o presidente da Câmara, em um ambiente considerado mais distensionado após semanas de impasses entre o Executivo e o Legislativo.

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Ao final da agenda oficial, Lula se referiu publicamente a Gustavo Feliciano como “ministro”, sinalizando a consolidação da escolha. A indicação foi bem recebida por Motta, que manifestou apoio ao nome apresentado para comandar a pasta do Turismo.

Saída de Celso Sabino e mudança na pasta do Turismo

A saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo foi anunciada por Lula ao final da reunião ministerial realizada na quarta-feira (17/12). O União Brasil, partido ao qual Sabino era filiado, solicitou a exoneração e apresentou o nome de Gustavo Feliciano para substituí-lo.

Em dezembro, o União Brasil decidiu expulsar Sabino após o então ministro contrariar uma decisão interna da sigla, que havia definido o rompimento com o governo federal. Apesar de ter entregue a carta de demissão naquele período, Sabino permaneceu no cargo até a realização da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), base política do ex-ministro.

Nos bastidores, dirigentes do União Brasil afirmam que a indicação de Gustavo Feliciano não partiu formalmente do partido, destacando que ele não é filiado à legenda. A cúpula da sigla também sustenta que o acordo com o presidente Lula contou com o apoio de apenas uma ala partidária. Antes de ser indicado ao ministério, Gustavo Feliciano atuou como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico do governo da Paraíba.