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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
cantor e compositor britânico

Chris Rea, autor de “Driving Home for Christmas”, morre no Reino Unido

Músico britânico morreu aos 74 anos e deixou mais de 20 álbuns lançados

Luana Avelarpor Luana Avelar em 22 de dezembro de 2025
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Foto: Reprodução/YouTube

O cantor e compositor britânico Chris Rea morreu nesta segunda-feira (22), aos 74 anos. A informação foi confirmada por sua família à imprensa do Reino Unido, que informou que o músico faleceu de forma tranquila, em um hospital, após uma breve doença. Uma nota semelhante foi publicada nas redes sociais oficiais do artista, acompanhada por uma imagem em que ele aparece tocando violão.

“É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de nosso amado Chris”, disse sua família em um comunicado, acrescentando que “ele faleceu pacificamente hoje [segunda-feira] no hospital após uma breve doença”.

Nascido em 1951, em Middlesbrough, no norte da Inglaterra, Chris Rea construiu uma carreira marcada pela recusa sistemática ao espetáculo. Dono de uma voz rouca e imediatamente reconhecível, ele transitou entre o pop, o blues e o rock sem se submeter às fórmulas dominantes do mercado. Ao longo de quatro décadas, manteve uma produção constante, discreta e guiada mais pela integridade artística do que pela busca por visibilidade.

Chris Rea e o sucesso construído à margem da exposição

O reconhecimento internacional veio ainda no fim dos anos 1970, com o álbum Whatever Happened to Benny Santini?, impulsionado pela canção “Fool (If You Think It’s Over)”, que lhe rendeu uma indicação ao Grammy e abriu caminho nos Estados Unidos. A consolidação, no entanto, ocorreu nos anos seguintes, especialmente com The Road to Hell (1989) e Auberge (1991), ambos no topo das paradas britânicas.

Mesmo diante do sucesso comercial, Chris Rea manteve distância da indústria do entretenimento. Em entrevistas, costumava expressar desconforto com a exposição pública e com a lógica promocional da música pop. Preferia ser visto como compositor e instrumentista, não como celebridade. Essa postura moldou uma carreira sólida, mas pouco midiática, sustentada por um público fiel e por um repertório coerente.

Um clássico natalino fora do clichê

Entre as dezenas de canções que compõem sua discografia, “Driving Home for Christmas”, lançada em 1986, ganhou destaque. A música tornou-se um clássico natalino no Reino Unido sem recorrer ao otimismo fácil típico do gênero. Com o passar dos anos, consolidou-se como uma trilha recorrente do fim de ano europeu, associando definitivamente o nome de Chris Rea ao período natalino.

No início deste ano, ele lançou The Christmas Album, reunindo canções ligadas a esse repertório afetivo, já sob uma condição de saúde frágil.

Diagnosticado com câncer, Chris Rea passou por uma cirurgia de retirada do pâncreas em 2001 e sofreu um AVC em 2016. Mesmo assim, manteve vínculo com a música, ainda que longe dos palcos. Pouco afeito a declarações públicas, reafirmava que preferia permanecer “nas sombras”, compondo e tocando, a ocupar os holofotes.

“A música de Chris foi a trilha sonora de muitas vidas e seu legado viverá por meio das canções que ele deixa”, disse sua equipe em uma mensagem publicada nas redes sociais do cantor.

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Foto: Reprodução/Getty Images

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