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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Acentuado pelo atual cenário, Caiado enfrenta novos e velhos desafios rumo à presidência

Raunner Vinicius Soarespor Raunner Vinicius Soares em 6 de maio de 2025
Caiado foto Reprodução
Caiado foto Reprodução

Não é novidade que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), enfrenta desafios em sua pré-campanha rumo à presidência da República. Como foi amplamente divulgado pelo Jornal O Hoje, a empreitada do gestor estadual ao Planalto, carece do apoio de lideranças importantes dentro do seu próprio partido. Por se tratar de uma legenda de centro-direita, possui opositores históricos dos projetos lulopetistas, ao mesmo tempo que, hoje, a sigla integra, com três ministérios, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para intensificar o cenário caótico, o União Brasil aperta às mãos Partido Progressistas e se juntam por uma federação que se tornou a maior força política do Brasil.  

Com a situação, especulações tomaram o meio político quanto ao projeto do governador de Goiás. Mas, de acordo com informações dos bastidores políticos, Ronaldo Caiado tem a esperança de que a junção das siglas pode oxigenar a sua pré-campanha. O fortalecendo para 2026. Além disso, o governador goiano tem conquistado apoios em outros estados. No Rio de Janeiro, conta com a proximidade do primo Carlo Caiado (PSD) e do prefeito Eduardo Paes (PSD), que já teve apoio petista em eleições passadas. Também recebeu o apoio do deputado federal, Otoni de Paula (MDB), figura influente no eleitorado evangélico. 

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Em um discurso na Câmara, Otoni descreveu Caiado como “direita raiz”, destacando que ele sempre se manteve firme em pautas conservadoras, antes mesmo da ascensão do bolsonarismo. Ademais, durante o evento de lançamento do livro do deputado Marcos Pereira (Republicanos), Caiado reforçou o discurso de aproximação com outras siglas, o que pode ser decisivo na sua tentativa de consolidar uma candidatura competitiva. 

O União Progressista nasce com grande representatividade, reunindo 109 deputados federais, 14 senadores, cerca de 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores em todo o Brasil. De acordo com o comunicado à imprensa, a direção da federação será compartilhada, inicialmente, por Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (Progressistas), que presidirão juntos até dezembro deste ano, quando haverá eleição para a nova composição. O arranjo político simboliza a capacidade adaptativa do centro democrático brasileiro, que almeja o maior número de cadeiras dentro do Parlamento, dos executivos municipais e estaduais, legislativos e ministérios. 

A escolha de Salvador, para o lançamento de sua pré-campanha, não foi por acaso. Além de ser a maior capital administrada pelo União Brasil, a cidade garantiu o apoio de Bruno Reis e, principalmente, do ex-prefeito ACM Neto, vice-presidente da sigla. O evento contou ainda com a presença de Sergio Moro (União), um dos principais adversários de Lula e ex-juiz da Lava Jato.  

Por outro lado, nomes importantes do seu partido não apareceram, entre eles o presidente do partido, Antônio Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), expondo a falta de unidade dentro da legenda. Durante seu discurso, Caiado não poupou críticas e reforçou a ideia de que a disputa interna precisa ser transparente e democrática, convidando eventuais adversários dentro do partido a se apresentarem. “Quem tiver coragem, independência moral e intelectual, que se coloque na disputa”, afirmou. 

Alternativa à direita 

Com Bolsonaro inelegível, a disputa dentro da direita se intensifica, e Caiado busca ocupar esse espaço. Outros governadores que aparecem como potenciais concorrentes no espectro da direita são Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Junior (PSD). Com alta aprovação em Goiás, especialmente nas áreas de segurança pública e educação, Caiado tem espaço para crescer politicamente e atrair novas alianças. Seu desafio agora é consolidar sua candidatura como um nome viável dentro da direita e transformar essa pré-campanha em um projeto presidencial mais sólido.  

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