Agro dividido entre Bolsonaro e Lula enfraquece politicamente

A participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (24), expôs a divisão do agronegócio entre lulistas e bolsonaristas. A fala de Bolsonaro durante o lançamento da frente “Invasão Zero”, que visa proteger propriedades rurais de invasões, mostrou que os “lulistas” do agro tendem a deslocar da ala mais radical. O governo Lula considerou a fala do ex-presidente como uma declaração de guerra sobre o veto ao Marco Temporal. A Xadrez ouviu um dos mais respeitados palestrantes, o engenheiro agrônomo e consultor de mercados milho e soja do agro em Goiás, Enio Fernandes, sobre a participação de Bolsonaro na reunião. “O agro e o Governo Federal têm tido uma comunicação muito cheia de interferências, ruídos. E a presença de Jair Messias Bolsonaro pode deixar essa comunicação mais turva.” Enio entende que a FPA é livre, madura, independente e pode levar quem quiser para trocar informações, mas a política é feita de pequenos afagos de linguagem não direta. “É plausível entender que a presença de Bolsonaro traria desconforto para o Governo Federal, afinal, a comunicação entre ambos já não é fluída.” O consenso no meio político é que essa divisão enfraquece politicamente o agro. Isto favorece o governo dentro do Congresso, já que a FPA fica vulnerável.

Divergir mantendo o diálogo  

Enio afirma que o agro pode ter ligações com todos os segmentos da sociedade, pois as associações, federações e empresas que representam o setor são apartidárias. “Porém, os atores que desejam representar o setor produtivo precisam entender que as matrizes políticas são muito diversas e o diálogo é necessário”, alerta Enio.

Mandou mal

“Existem inúmeros lugares para você conversar e trocar ideias, mas levar para dentro da sua casa um símbolo político [Bolsonaro] tem o bônus e o ônus. Isso pode gerar divisão a um setor extremamente importante da nossa sociedade”, pontua Enio.

Jornada de 6 horas

Com receita em queda de R$ 140 milhões para o próximo ano, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Republicanos), tomou uma decisão drástica: reduzir ao máximo o custo da máquina municipal. Entre suas propostas, a redução de 8 para 6 horas da jornada de trabalho aos servidores.

PL com Rogério?

Depois que o deputado federal Gustavo Gayer (PL) anunciou que é candidatíssimo a prefeito de Goiânia em 2024, a tese da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos) sobre uma aliança entre as duas legendas dificilmente ganha tração.

Convenção tucana

O jornalista, empresário e agora político Matheus Ribeiro postou vídeo nas redes sociais convidando a população para participar da Convenção Estadual do PSDB neste sábado (27). “Hora de somarmos forças e alinharmos a trajetória que vamos seguir juntos rumo às eleições do ano que vem.” Matheus é uma das promessas de renovação dos tucanos.

Congresso Harpia

Nesta sexta-feira (27), o presidente nacional do Instituto Harpia Brasil, Vitor Hugo, promove o 1º Congresso Harpia Brasil de Discussão dos Problemas Brasileiros, das 8h às 18h, no Hotel K. Vitor Hugo reuniu um time de palestrantes da primeira divisão, aberto ao público com entrada gratuita. (Especial para O Hoje)