Coluna

Base caiadista reconsidera prorrogação de emendas impositivas

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 17 de outubro de 2018

A primeira reunião política entre o governador eleito,
Ronaldo Caiado (DEM), com sua base de apoio marcou a apresentação de discurso
pautado pelos conceitos de “lealdade” e “fim do corporativismo”, diante da
situação de crise financeira a ser enfrentada nos primeiros meses de campanha.
A partir do tom apresentado, deputados estaduais eleitos passaram a considerar
mais fortemente a possibilidade de prorrogar para 2020 a vigência do orçamento
impositivo, previsto em PEC já promulgada neste ano pela Assembleia Legislativa.
“Eu já era contra o impositivo. Agora, ainda mais, da formo como foi colocada.
São R$ 7 milhões por deputado e não temos noção de como estará o estado. É
perigoso”, afirma o deputado e vice-governador eleito, Lincoln Tejota (PROS).
“Isso é pauta bomba e, se não for nesta legislatura, vai ser alvo de debate no
ano que vem. Fica muito fácil pra esses que serão oposição, depois de negar o
impositivo nos governos do PSDB, querer a garantia agora”, defende o deputado
José Nelto (Podemos).

Resistência

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Apesar do fortalecimento da ideia de prorrogação entre
novatos e aqueles que não estarão na Alego no próximo ano, outros seguem
reticentes sobre a chance de não terem as emendas. Entre eles, Cláudio
Meirelles (PTC) e Álvaro Guimarães (DEM).

Divisão

O impositivo prevê reserva de 1,2% da receita do estado (R$
26 bi) para os 41 deputados. O montante seria de R$ 312 milhões, que seguiriam
as vinculações constitucionais para Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia.

MDB liberado

O ex-candidato ao governo de
Goiás e presidente regional do MDB, deputado federal Daniel Vilela, realizou a
primeira reunião da executiva depois da eleição e liberou deputados e prefeitos
da sigla que queiram anunciar apoio ao governador eleito, Ronaldo Caiado. O deputado
ficou em segundo na votação e garante que o posicionamento pessoal, não como
dirigente partidário, é de fazer oposição ao novo governo. No entanto, avalia
que “é legítimo e normal que ele (Caiado) tenha uma complacência dos partidos
que foram oposição ao PSDB nesse processo eleitoral e até mesmo tenha a
complacência da própria sociedade com o início de governo”. O emedebista aponta
ainda que seu partido “não tem que se manifestar inicialmente” sobre posição
oficial. “É uma posição de independência. Os deputados que quiserem construir
uma relação com o governo terão liberdade para isso, prefeitos do partido
também da mesma forma. Agora, falarão em nome deles e dos mandatos deles, mas
não do partido”, libera.

CURTAS

Ele voltou! – A Secretaria Estadual de Saúde, em parceria com
Bombeiros e prefeituras, lança hoje força-tarefa Goiás contra o Aedes, ciclo
2018/2019.

Diferenças – A Escola de Comunicação da PUC realiza até sábado o 8°
Simpósio de Pesquisa em Comunicação: “Comunicação, Tecnologia e Desigualdades
Sociais”.

Preparação – A Faculdade
Senac oferece aulão gratuito de preparação para o Enem. Aulas desta quinta (18)
até sábado (20), no Campus Santa Genoveva.

Fake news

A presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, adiou para hoje a reunião com
representantes das campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)
para discutir a veiculação de notícias falsas nas redes sociais.

Pedido

A Justiça Eleitoral tem se
preocupado cada vez mais com o compartilhamento de mentiras em aplicativos de
mensagem. O adiamento atende pedido do representante da campanha de Bolsonaro.

A propósito

O ministro da Segurança Pública,
Raul Jungmann, garantiu que todas as denúncias feitas por cidadãos nas seções
eleitorais sobre irregularidades no processo de votação serão registradas em
tempo real e disponibilizadas on-line.

O ministro e a ministra Rosa
Weber assinaram termo de orientação conjunta com diretrizes a serem seguidas
por mesários e presidentes das seções eleitorais diante de denúncias sobre
fraude nas urnas.

Nossa conta

Consumidores goianos terão que
pagar, em média, aumento de 18,54% na conta de energia a partir do próximo dia
22. Ao todo, são 2,8 milhões atingidos pela decisão da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).

Máximo

As tarifas para industriais (alta
tensão) sobem 26% e, para os residenciais e comerciais (baixa tensão), o reajuste
é de 15,31%. Entre os motivos estão encargos setoriais, a Conta de
Desenvolvimento Energético e alta no custo de compra de energia.