Coluna

José Eliton inicia governo entre mudança e lealdade

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 08 de abril de 2018

O governador José Eliton (PSDB) precisará encontrar nos
próximos quatro meses, até as convenções em agosto para a eleição, que tem
primeiro turno marcado para o dia 7 de outubro, o equilíbrio entre as propostas
de mudança na gestão, para contrapor o desgaste do legado de 20 anos, e a
lealdade que deve ser mostrada em relação ao principal cabo eleitoral: o
ex-governador Marconi Perillo (PSDB). O primeiro discurso, avaliado como
positivo e surpreendente por aliados antes desconfiados, foi marcado pelo
posicionamento político de José Eliton ao dizer “estou pronto” e repetir por
três vezes seguidas, de forma enfática, a afirmação: “eu sou a mudança”. O
governador ainda apontou como meta a resolução de demandas de duas áreas preciosas
a Marconi Perillo. Na Saúde, Eliton reconhece as longas filas para cirurgias
eletivas, entre outras necessidades que pretende atacar. Já na Segurança
Pública, o tucano estabelece metas para melhorar a sensação de segurança da
população. Mesmo com as alterações, promete “lealdade”.

Holofote dedicado

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Até momentos antes da solenidade de posse de José Eliton, na
Assembleia Legislativa, havia a previsão de discurso de Marconi Perillo, que
seria proferido de improviso. Não ocorreu. O ex-governador deixou todas as
atenções voltadas ao novo comandante.

Agenda

José Eliton dá posse ao secretariado hoje às 10h, no Teatro
Basileu França. Depois, às 14h, ocorre a primeira reunião de trabalho da equipe
no Palácio Pedro Ludovico.

Ao trabalho!

Oficialmente fora do Ministério da Fazenda, o goiano
Henrique Meirelles (MDB) passa a dar passos definitivos na estruturação de sua
pré-candidatura à presidência da República. Depois de formatar equipe de
comunicação, o anapolino adianta a contratação de marqueteiro com história na
realização de campanhas bem sucedidas do PT. A estratégia de comunicação da
pré-campanha deve ser entregue a Chico Mendes, que ajudou a eleger Fernando
Pimentel em Minas Gerais e Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo. Ele
afirmou que sai com a perspectiva de ser candidato à Presidência da República,
e confirmou que não será candidato a vice. Na última conversa que teve com o
presidente Michel Temer, Meirelles disse que não será candidato a
vice-presidente. O goiano considera cumprida a missão na Fazenda e que o país
saiu da recessão, com redução do desemprego. Segundo ele, a economia tem
condições de retomar um “longo processo de crescimento”. O substituto na pasta
será mesmo o atual secretário-executivo, Eduardo Guardia.

CURTAS

À esquerda – Congresso
do partido Rede Sustentabilidade lançou oficialmente a pré-candidatura da
ex-senadora e ex-ministra Marina Silva à Presidência.

Cancelado – O Denatran
suspendeu por tempo indeterminado resolução que torna obrigatória a Inspeção
Técnica Veicular para renovação do licenciamento anual.

Negócios – A Tecnoshow
Comigo espera ultrapassar R$ 1,7 bilhão em vendas neste ano. A maior feira de
tecnologia rural da região segue do dia 9 até 13, em Rio Verde.

Tentativa de herói

Do ex-presidente Lula, antes de ser preso: “Não pararei
porque não eu sou mais um ser humano. Eu sou uma ideia, uma ideia misturada com
a ideia de vocês. A morte de um combatente não para a revolução”.

Dificuldades

Depois de considerar mudança na janela partidária, o
deputado federal Fábio Sousa não saiu do lugar e ficou no PSDB. “Iria trocar
pela forma que, às vezes, o PSDB regional se comporta, não o nacional”,
considera.

Pedido pessoal

“Sei que estes problemas no PSDB regional não vão ser
resolvidos tão facilmente. Optei pela minha coerência, que tem sido minha marca
nos últimos anos, e também o fato de ter sido um pedido especial do governador
Alckmin”, conta Fábio.

Justificado

Os problemas aos quais ele se refere são a falta de
liberdade para crescer.  Fábio Souza tentou se candidatar a prefeito de
Goiânia nas eleições de 2012 e 2016, mas não teve o desejo atendido pelo
partido. 

Paz e amor

Se o PTB “exige” vaga na chapa majoritária, o ex-senador
Demóstenes Torres evita conflito interno. “Vão ter critérios, e nós vamos
obedecer. Quem estiver melhor, tem que ser o candidato”, contemporizou.

Conversa

De acordo com o ex-senador e pré-candidato ao Senado, a
definição de nomes só deve ocorrer em agosto, durante as convenções. “Respeito
qualquer que seja a decisão”, completou.