Julgamento da volta de Ibaneis ao GDF caminha para ser político

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) corre um grande risco em ser afastado definitivamente do cargo. A coluna Xadrez apurou nos bastidores que o julgamento para o retorno dele ao governo do DF, pode ser mais político do que técnico. As opiniões vão desde quem lida com os tribunais superiores aos políticos de Brasília. Com exceção dos advogados do governador afastado, os operadores do direito acreditam que existe uma desconfiança na Suprema Corte quanto a inocência de Ibaneis. Soma-se ainda, o fato de que alguns ministros não gostaram quando a ministra Rosa Weber ligou três vezes para ele no dia 8 de janeiro e ele não atendeu. No governo Lula, não é diferente. No campo politíco, um adversário e voz de oposição histórica do deputado distrital Chico Vigilante (PT) defende a volta de Ibaneis desde que não se comprove crime de prevaricação. “A gente não tem muita informação sobre o inquérito, mas confio no julgamento técnico do ministro Alexandre de Moraes. Pode ser que ele tenha mais informações que não sabemos, mas não havendo, Ibaneis precisa voltar ao cargo. Seria muito ruim para o DF um governador eleito ser afastado por crime de omissão”.

Técnico ou politico

O ex-deputado federal e ex-presidente do MDB, Tadeu Filippelli foi a primeira liderança política do DF a se manifestar contra o afastamento do governador. Felippelli teria muitos motivos para aplaudir o afastamento, afinal, Ibaneis tratou ele a pão e a água ao atrapalhar sua eleição para a Câmara Legislativa. “Se o julgamento for político, fica difícil a volta, mas se for técnico, as chances são grandes”, avalia Felippelli.

Senador Izalci

Na mesma linha de pensamento segue o senador Izalci Lucas (PSDB), um adversário político e crítico da gestão de Ibaneis. “O Distrito Federal já teve um enorme prejuízo politico com este afastamento e seria muito ruim, não só para nós brasilienses, mas para a democracia ter um governador reeleito no primeiro turno ser afastado por questões politicas”.

Emendas de Mangão

Nesta quarta-feira (15), o prefeito de Nov Gmara, Carlinhos do Mangão (PL) iniciou romaria política no Congresso das 9h às 17h em busca de emendas parlamentares. Todos os deputados ex- se comprometeram em ajudar Novo Gama, começando pelas deputadas Lêda Borges (PSDB) e Magda Mofatto e a ex-ministra e ex-deputada federal, Flávia Arruda (sem partido).

Faltou assinatura
Questionada pelo vereador Lucas Kitão (PSD) ainda em novembro, a ausência de um abaixo-assinado para propor a alteração do nome da Avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende pode barrar a alteração do nome. O argumento usado pelo vereador é o mesmo alegado por Demóstenes Torres, que representa as entidades na ação civil pública que suspendeu os efeitos da lei.

Correção OAB

Na edição desta quarta-feira (15), na nota “Quinto Constitucional”, houve um equívoco: a informação correta é que o Conselho Seccional deverá escolher 18 nomes habilitados para o cargo de desembargador pelo Quinto Constitucional da advocacia, sendo 6 nomes em cada lista. Com isso, serão três listas formadas. Escolhidos os nomes, as listas serão encaminhadas ao TJGO que, por sua vez, forma as listas tríplices, que serão enviadas ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado.