Coluna

Líder caiadista rejeita possível crescimento da oposição

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 22 de julho de 2019

O líder dos tucanos na Assembleia Legislativa, Talles
Barreto (PSDB), prevê que novas pautas polêmicas serão enviadas no segundo
semestre à Casa pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), com o objetivo de aderir
ao Programa de Recuperação Fiscal (RRF), e deputados hoje considerados aliados
poderão reforçar os quadros da oposição. Segundo ele, além de demandas
políticas não atendidas (como serviços nas bases e indicação de cargos), os
colegas estariam incomodados com a “inércia da gestão ao não apresentar foco em
soluções plausíveis para a crise financeira”. Já o líder da base governista,
Bruno Peixoto (MDB), rebate. “Todos os projetos, sem exceção, foram aprovados.
O Passe Livre Estudantil não chegou à votação, depois que a base pediu inclusão
de universitários. A oposição está no papel dela, mas não pode se desconectar
da realidade. Nós trabalhamos para aumentar a base”.

O retorno

Há expectativa na base de que o governo tente, de novo,
cortar o Passe Livre Estudantil, mesmo depois de tanta polêmica e fortes
manifestações nas galerias da Assembleia Legislativa.

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Certo e errado

“O governo ficou de analisar o impacto dessa questão. No
segundo semestre, possivelmente, terá o retorno à Casa. O governador não acha
correto que apenas Goiânia, Anápolis e Rio Verde tenham o benefício”, conta
Bruno.

À realidade

“A base tem deputados inexperientes, que são cobrados pelas
bases e não conseguem ainda resultados por conta dos problemas do governo. O
trabalho é para manter a base”, conta o decano Álvaro Guimarães (DEM).

Nova pauta

Depois da derrota parcial em Brasília no debate sobre a
reforma da previdência, agora os 27 governadores, que têm Ronaldo Caiado (DEM)
entre os porta-vozes, buscam garantir receitas próprias com a reforma
tributária.

Acordo

Na última semana, os gestores fecharam acordo com Rodrigo
Maia e Davi Alcolumbre para que, até o fim de setembro, seja concluída a
votação de pelo menos quatro propostas da chamada “pauta federativa”.

Tesouro local

O consenso é para aprovação de projetos que podem gerar
receitas adicionais e imediatas aos Estados para dois fins. O acerto foi feito também
com a equipe econômica do governo Bolsonaro.

Objetivos

O dinheiro novo seria para cobrir o déficit da Previdência e
injetar recursos para investimentos. Segundo estimativas dos governadores, os
Estados passariam a ter R$ 137,9 bilhões.

Banquetes

A atual gestão estadual realiza apurações sobre 2,5 mil
contratos dos governos tucanos, inclusive sobre fornecimento de comida e
iguarias servidas em eventos festivos. Deu na Revista Veja.

CURTAS

– Perillo enviou resposta em que nega os “banquetes” e diz
que Caiado tem que “arregaçar as mangas e começar a trabalhar”.

– A partir de agosto, o IBGE terá missão de apurar condições
de vida e de saúde da população brasileira.

– A Pesquisa Nacional de Saúde ajudará no
aperfeiçoamento e formulação de ‘políticas públicas eficientes’.