Lula recorre a Alcolumbre e Motta para segurar Centrão


Depois que passou por uma bateria de exames médicos e recebeu sinal verde para viajar pelo país e o mundo, o presidente Lula voltou ao que mais ama e sabe fazer: política. Na semana passada ele teve conversas com senadores do PT e ministros do seu entorno. Analisaram o cenário político dentro do Congresso e a movimentação dos pré-candidatos a presidente da República. De acordo com o que foi vazado, Lula tranquilizou os aliados que acabou com as dúvidas se será candidato à reeleição ou não, dizendo: “Estou no jogo”.
Mesmo com baixa aprovação dos brasileiros, a decisão de Lula em assumir de vez que vai disputar a reeleição, tem a ver com a guerra interna no PT, caso ele desistisse. As trocas de farpas entre petistas que poderiam disputar a eleição no lugar do presidente, corriam risco de ficar fora de controle. Outro fator está ligado à debandada do Centrão da base do governo no Congresso. Essa desidratação compromete as votações importantes de interesse do PT, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, entre outras pautas.
Por conta dessa ‘sangria’ de aliados, Lula vai recorrer ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP) e ao presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (REP-PI). Uma das cobranças será para que Alcolumbre cumpra o acordo feito com Lula de “sentar” em cima do projeto de Anistia quando chegar ao Senado. Lula quer evitar a todo custo que legendas importantes do Centrão como PSD, PP, MDB, União Brasil e Republicanos, se aproxime do bolsonarismo.
Revoada rumo à direita
Aliados do presidente Lula vê com preocupação, a debandada de lideranças do Centro em apoio aos pré-candidatos de direita, principalmente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP). Embora Tarcísio negue cruzando os dedos que seu projeto é a reeleição, não é descartada uma mudança de rota, incluindo a troca de partido.
Segue o plano
Em conversas mais reservadas, algumas lideranças do Centrão dizem que é hora de abraçar os pré-candidatos de direita, como Ronaldo Caiado (UB-GO), Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG), entre outros. A ideia é levar a disputa para o segundo turno e depois unir em torno do nome que mais aglutina aliados.
Morrer preso
O Centrão não quer esperar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele escolha um nome. A razão de antecipar o processo eleitoral é que, ninguém acredita na isenção do STF e muito menos que vai inocentá-lo. Se ele receber a pena mínima de 17 anos, terá que cumprir pelo menos sete. Debilitado como está, pode morrer na prisão.
Dinastia, não!
É consenso entre as principais lideranças do Centrão que o apoio de Jair Bolsonaro é importante, mas se ele indicar um dos filhos para a cabeça de chapa, será largado na chuva.
Indústria da multa
Atenção motoristas! Um novo modelo da indústria de multas no trânsito está em ação. Quando estiver numa via com vários sensores de velocidade em um intervalo de dois ou três quarteirões, não adianta correr depois que passar pelo radar. Os sensores calculam a rota e ‘avisam’ o próximo que ultrapassou o limite da via e foi multado.