Coluna

Marconi foca no passado e ataca Caiado, que não é candidato

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 01 de novembro de 2023

Enquanto PSD, MDB, PT, UB, PL e Republicanos buscam construir alianças para conquistar prefeituras no Estado, notadamente em Goiânia, o PSDB do ex-governador Marconi Perillo tenta se viabilizar como legenda competitiva. Mas, por enquanto, não se tem notícia que o cidadão-eleitor esteja entusiasmado com os tucanos. É inegável que a contribuição dos quase 20 anos de reinado do tucanato em Goiás deixou um legado. No entanto, a derrocada de Marconi nas últimas duas tentativas para chegar ao Senado jogou gelo na chama que iluminava corações e mentes de seus seguidores. Obstinado, ele tenta, como uma fênix, alçar voos altos novamente. Mas a fórmula do passado de 1998 repetida nos encontros do “Giro 45” esbarrou em novos atores no cenário político. O velho conceito de social democracia, que deu alicerce à criação do PSDB, há muito deixou de existir. Agora, pelo menos em Goiás, predomina a direita que tem como seu maior expoente o governador Ronaldo Caiado (UB). Portanto, ao focar suas críticas no governador para fazer contraponto, Marconi acerta como oposição, mas erra o alvo, já que Caiado não é candidato a prefeito e muito menos a governador em Goiás. Além disso, as críticas só alcançam ressonância entre aliados e devotos que ficaram fora do poder. Portanto, é compreensível um líder resgatar seu passado e trazer para o presente seus feitos, mas sem uma proposta inovadora para o futuro, caso conquiste o poder novamente, a tão sonhada “volta à modernidade” cai no vazio por falta de lastro de votos.

Em cima do velho muro

A partir das derrotas do PSDB para a Presidência da República em 2002, 2006, 2010 e 2014, os tucanos nunca mais foram os mesmos. Envelheceram, não renovaram as lideranças e, a cada eleição, perdem uma baciada de militantes e apoiadores. Essa inanição também se reflete em Goiás, que padece do mesmo sintoma de “murista”: ser ou não oposição ao Governo Federal?

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Goiânia cobiçada

Com a entrada em cena do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), na corrida eleitoral pela Prefeitura de Goiânia, a conta sobe para seis pretendentes. Senador Vanderlan Cardoso (PSD), Adriana Accorsi (PT), Bruno Peixoto (UB), Rogério Cruz (Republicanos) e Gustavo Gayer (PL).

Favorece Rogério

A pulverização de vários pré-candidatos a prefeito de Goiânia favorece Rogério Cruz, que detém a máquina na mão e tem obras a perder de vista para serem entregues. Além disso, quem achar que o prefeito é “carta fora do baralho” pode ter uma surpresa no segundo turno.

Direita embolada

Para os ideólogos da campanha de Adriana Accorsi, o melhor dos mundos para o PT é o grande número de candidatos do espectro da direita. A pulverização dos votos pode ajudar Adriana, já que a esquerda é mais orgânica e não se dispersa. A conferir.

Fala, Glaustin!

O deputado federal Glaustin da Fokus (PSC) diz acreditar que o esforço dos senadores que representam Estados emergentes das regiões Centro-Oeste e Norte, principalmente os de Goiás, Wilder Morais (PL), Vanderlan Cardoso (PSD) e Jorge Kajuru (PSB), apoiaram as teses do governador Ronaldo Caiado sobre a Reforma Tributária. “De um modo geral, houve muitas alterações, mas, infelizmente, os Estados industrializados levaram vantagens.”

“Sou municipalista”

Glaustin diz que é um deputado municipalista e que “a maioria das pequenas e médias cidades enfrenta grandes desafios com a queda na arrecadação”. “Por isso não meço esforço em estar presente nos mais de 50 municípios goianos.” (Especial para O Hoje)