Coluna

Ministro da Fazenda defende ajuste e reforma da previdência

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 04 de outubro de 2018

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu ontem,
em encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ajuste fiscal e
a necessidade de reforma na Previdência Social. “Foi uma discussão mais macro
sobre a situação econômica do país e a necessidade de reformas. Este foi o
tema, a visão de por que o ajuste fiscal é importante, qual a relação entre o
ajuste fiscal, crescimento e inflação, e a importância da continuidade desse
processo de reformas”, disse Guardia, que sucedeu Henriqeu Meirelles (MDB) no
cargo no início do ano. Apesar de discutir os problemas nas contas do país,
Guardia afirmou não ter conversado sobre o impacto fiscal do reajuste de 16,38%
que os ministros do Supremo aprovaram recentemente nos próprios salários. Para
o ministro da Fazenda, “não cabe ao Poder Executivo entrar no mérito da
alocação do recurso do Poder Judiciário”. Caso confirmado pelo Congresso, o
reajuste pode gerar um efeito cascata sobre as contas públicas, uma vez
que os vencimentos dos ministros servem de teto salarial para o funcionalismo
público.

Calma lá

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O presidente do STF, Dias Toffoli, criticou ontem as
propostas de revisar a Constituição apresentadas pelas campanhas do PT, de
Fernando Haddad, e do PSL, de Jair Bolsonaro. Disse que uma nova Constituição
não traria avanço para o País.

Estabilidade

“A Constituição de 88 fez o País atravessar dois
impeachments e as previsões ali contidas, do ponto de vista institucional, são suficientes
para que a sociedade possa progredir diminuindo desigualdades sociais e
regionais”, afirmou.

PT opta pelo ataque

O PT decidiu partir para o ataque contra o candidato Jair
Bolsonaro (PSL-RJ), disparando contra ele munição que estava armazenada para o
segundo turno das eleições. A
decisão foi precipitada pela alta do capitão reformado nas sondagens
eleitorais, de acordo com os mais novos números das pesquisas do Datafolha e do
Ibope. O deputado federal chegou a 32% dos votos, o que aumenta as chances de
liquidar a fatura já no primeiro turno das eleições. Bolsonaro passou a ganhar
votos também em redutos petistas. As
pesquisas internas do PT já antecipavam o resultado. O partido decidiu então
mudar a estratégia, que era até agora a de apresentar Haddad como o “candidato
do Lula”. Os ataques mais fortes
vinham sendo feitos por Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa com ele os votos de
centro-direita e direita. Um dos
vídeos veiculados diz que Bolsonaro “foi o único deputado que votou contra o
fundo de combate à pobreza”, “contra a valorização do salário mínimo” e os “direitos
dos trabalhadores na reforma trabalhista de Temer”.

CURTAS

Fato – As
afirmações de petistas não são inverdades, mas são descontextualizadas. Ao
mesmo tempo, lembram que Bolsonaro votou a favor do aumento do próprio salário.

Acusação – O vereador
Edson Automóveis (PMN) protocolou denúncia na Câmara contra o vereador Jorge
Kajuru (PRP), candidato a senador.

Papéis – A
suspeita é de que Kajuru teria usado a estrutura pública para fazer cópias de
material para campanha eleitoral. 

Monitorado

Carlinhos Cachoeira voltou a ser monitorado por tornozeleira
eletrônica. O empresário cumpriu uma decisão judicial que atendeu a pedido do MP.
A defesa já protocolou TJ um agravo de execução para que ele continue sem verificação
e para viajar a trabalho. 

A propósito

A Spacecom, empresa responsável pelo monitoramento de cerca
de 4 mil presos com tornozeleiras eletrônicas em Goiás, recebeu parte da dívida
que tem junto ao estado e não suspendeu seu serviço ontem, com ameaçado.

Parcial

O pagamento total se refere a dívida de R$ 5,48 milhões, com
parcelas não pagas de 2017 e 2018. A Diretoria Geral de Administração
Penitenciária buscou a Sefaz e quitou a parcela de maio deste ano, que equivale
a 12% do total (R$ 661,75 mil).

Doações

O TCU já identificou 12,1 mil casos de indícios de
irregularidades em doações eleitorais e gastos de campanhas, em valores que
somam R$ 42 milhões, na primeira rodada de um pente fino sobre o financiamento
nas eleições deste ano.

Destaque

Entre casos relevantes, a Corte aponta que uma empresa com
apenas um funcionário foi contratada por uma campanha para prestar serviços no
valor de R$ 661 mil. Já uma empresária, beneficiária do Bolsa Família, prestou
serviços no valor de R$ 534 mil.

Providencial

Também foi identificada outra empresa, aberta em abril, que pertencente
a um filiado de um partido político e prestou serviço no valor de R$ 15 milhões
a uma campanha. Há ainda doadores desempregados, parentes de candidatos e até
mesmo mortos.