Coluna

“Não me desanimo com as críticas”, garante líder de Bolsonaro

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 11 de março de 2019

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) mantém a confiança no próprio presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e no ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para cumprir o desafio de ser o líder na Câmara federal de um governo recém eleito e que ainda patina para conseguir conquistar uma base sólida. Para complicar, Vitor Hugo precisa correr para garantir os 308 votos necessários para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência. 

E as cabeçadas do governo dentro do Executivo, que respingam na atuação no Congresso, não ajudam o trabalho do deputado. Ao contrário. Ele está na mira da situação e da oposição e recebendo críticas de todos os lados. 

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O principal motivo seria a sua inexperiência. Vitor Hugo rebate em entrevista à Revista Exame: “Vejo com humildade as críticas, mas não me desanimo”, diz ele. “A forma como se deu a eleição, que resultou em um Congresso com vários partidos e sem loteamento de ministérios, fez com o que governo demorasse mais para formar a sua base. É uma mudança de paradigma.” 

Colado

O líder de Bolsonaro se apoia na atuação de Onyx e de outros auxiliares da presidência que são os responsáveis pela liberação das duas principais moedas de troca em Brasília: cargos e emendas parlamentares.

Prazos

O presidente Bolsonaro acredita que a reforma da Previdência será aprovada ainda no primeiro semestre de 2019 e que o Congresso “não pode levar um ano” para analisar a proposta. Falta ainda enviar as mudanças para militares. 

Municipalista 

O Presidente da Federação Goiana de Municípios, e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios Haroldo Naves (MDB), convidou o governador Ronaldo Caiado (DEM) para ser o Coordenador da mesa do Fórum de Governadores. O debate está marcado para às 15h do dia 10 de abril, durante 22ª edição da ‘Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios’, entre 8 e 11 do próximo mês, em Brasília. 

A Marcha é o grande evento municipalista do ano e reúne os mais de 5.000 mil prefeitos de todo o Brasil. Nesse ano o tema será “Unidos Pelo Brasil”, na marca de 100 dias do mandato de Jair Bolsonaro. A nova presidência, que mantém o lema “mais Brasil e menos Brasília”, anima os gestores municipais, mesmo depois de quase 30 anos de seguidas manifestações pela revisão do Pacto Federativo, que hoje concentra mais de 70% da arrecadação nacional na União. “Ronaldo Caiado tem uma larga experiência, contribuiu muito para os Municípios em mais de 20 anos no legislativo, por isso a sua importância de ser o coordenador da mesa”, defende a FGM. 

Curtas 

Guru – Seguidores de Olavo de Carvalho acusam os militares de tentarem isolar o pupilo do escritor no governo: o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez.

Memória – Olavo usou as redes sociais na última semana para pedir a seus alunos que deixem os cargos na gestão, depois que foi informado do expurgo.

Canelado – A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, desistiu da fusão com o PPS. Reclamaram de falta de diálogo com o PPS nas articulações.

Encontro

Como adiantado aqui, Ronaldo Caiado e Iris Rezende voltam a ter reunião nesta sexta-feira (15), quando debaterão problemas e soluções para o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.

Retirada

Não pegou bem na prefeitura a decisão do governador de retirar seus representantes da CDTC e a AGR da missão de fiscalizar o sistema. Para o prefeito, há previsão legal sobre atuação do estado nos interesses intermunicipais.

Debate aberto

A ex-secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, e o titular de Finanças de Goiânia, Alessandro Melo, debateram ontem nas redes sociais sobre o papel dos servidores na recuperação das finanças públicas.

Cortes

Ana Carla defende “racionalização de gastos, revisão de carreiras para garantir diferenciação e valorização dos que entregam mais”. Ainda acredita em “planejamento da força de trabalho para evitar inchaço da máquina”.

Investimentos

Já Alessandro rebate: “Melhorou muito o discurso. A culpa do inchaço não são dos servidores, os gestores políticos é que nos trouxeram até aqui. E os servidores são um dos caminhos para voltarmos aos trilhos”.

Chuva e buraco

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) já empregou 600 toneladas de concreto asfáltico nas ruas de Goiânia. Cerca de 120 servidores atuam na manutenção.