Coluna

Oposição toma discursos em primeira sessão ordinária

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 19 de fevereiro de 2020

Presentes em plenário, os 26 considerados por Ronaldo Caiado
(DEM) como integrantes da base não moveram uma palha para defender o governador
na primeira sessão ordinária do ano. De todos os seis discursos no pequeno
expediente e cinco em discussão de veto, até o encerramento sem votações,
apenas Amauri Ribeiro (Patriota) usou a tribuna. Na maior parte do tempo,
defendeu criadores de pássaros e reclamou de novas taxas criadas pelo estado
sobre a atividade. Em contrapartida, os opositores Lêda Borges (PSDB), Adriana
Accorsi (PT), Gustavo Sebba (PSDB), Eduardo Prado (sem partido), Humberto
Teófilo (PSL), Alysson Lima (SD), Cláudio Meirelles (PTC) e Henrique Arantes
(MDB) criticaram diretamente o discurso de Caiado na abertura dos trabalhos. O
destaque foi o début de Major Araújo (PSL) na oposição. “Nunca vi uma pessoa
mais cínica a governar nosso estado”, começou.

Mais ainda

Major disse que estava “sufocado” na base e que não entende
“como os deputados têm estômago para aguentar esse sujeito”. “Bruno Peixoto vai
ter um grande galardão no céu, porque não é fácil”, disse ao líder.

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Discrição

Bruno ouviu calado e sorriu em alguns momentos com as
provocações de opositores. À Xadrez, afirmou não se preocupar com o aumento da
oposição e que trabalha apenas “para aumentar a base do governo”.

Números

Como antecipado, Virmondes Cruvinel mantém discurso de
autonomia e Karlos Cabral (ponto chave para maioria na CCJ), diz nunca ter
saído da base. A oposição tem 13.

Tributário

Os deputados de oposição Eduardo Prado e Humberto Teófilo
apresentaram ontem projetos para reduzir a alíquota de ICMS sobre combustíveis.
Cláudio Meirelles assina proposta para zerar a cobrança.

Sem futuro

Há ainda projeto do governista Chico KGL (DEM) que pretende
alterar a cobrança de impostos para a refinaria e não sobre o preço final. O
líder da base e o presidente Lissauer Vieira (PSB) consideram os textos
inconstitucionais.

À votação

“Entendo que não é prerrogativa de deputados, pois seria uma
renúncia de receita. É direito dos deputados apresentarem, mas é provável que
seja vetado. Isso se for aprovado pelo plenário”, considera Lissauer.

Alterações

O projeto de encampação da Enel ainda é alvo de avaliações
no governo estadual, que pretende fazer “correções pontuais”, segundo Bruno
Peixoto. As mudanças seriam efetivadas no decreto de regulamentação.

Previsão

O texto, como está, deve ser votado após o carnval. Entre as
alterações, estaria o aumento do prazo, de 72 horas para 30 dias, e troca da
Celg GT pela Celg PAR.

CURTAS

– A AGR aprecia nesta manhã proposta de reajuste contratual
da tarifa do transporte coletivo na região metropolitana.

– O valor de R$ 4,50 foi revelado pela Xadrez em dezembro,
mas prefeitos ainda articulavam forma de evitar o aumento.

– O prazo para pagamento integral do IPTU de Goiânia, com
10% de desconto, ou da primeira parcela, vai até amanhã.